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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Menor rendimento é sinal de alerta, diz Iedi
Os números divulgados ontem pelo IBGE referentes à
pesquisa de emprego e rendimento de agosto não foram
muito animadores. O que mais
chamou a atenção foi a queda
do rendimento, que recuou
0,5% em agosto em relação a
julho.
O Iedi chama a atenção, no
entanto, para a progressiva retração da evolução real do rendimento nos últimos quatro
meses. Em abril, o rendimento
tinha registrado uma alta de 5%
em comparação ao mesmo mês
do ano passado. Nos meses seguintes, o rendimento baixou
para 3,9% em maio, 2,7% em junho, 2,5% em julho e 1,2% em
agosto.
A maior preocupação do Iedi
é com relação ao efeito dessa
desaceleração do rendimento
sobre o mercado interno. A tendência é a de uma queda no ritmo de expansão do mercado interno.
"Esse resultado do rendimento foi um sinal de alerta para a economia", diz Edgard Pereira, economista do Iedi.
O problema, de acordo com a
análise do Iedi, é que o mercado
interno tem sido a principal âncora do crescimento neste ano
-já que a valorização cambial
retirou das exportações esse
papel.
Com a desaceleração do aumento do rendimento, o desempenho do mercado fica
muito dependente do crédito,
que tem crescido a taxas de
20% ao ano, no caso do financiamento ao consumidor, mas
esse ritmo pode não ser sustentado por muito tempo.
Edgard Pereira diz que os
efeitos dessa desaceleração no
ritmo de crescimento dos rendimentos devem ser sentidos
principalmente nos bens semi
e não-duráveis, já que os duráveis dependem mais das condições do crédito.
A boa notícia em relação ao
dado do IBGE é o fato de se tratar de mais um indicador que
mostra que não há superaquecimento da economia.
"Os números mostram que
não há nenhum movimento explosivo na economia."
TUDO EM UM
Será inaugurado hoje, em São Paulo, um estúdio de
criação formado por uma equipe multidisciplinar que pode viabilizar projetos de diferentes áreas. Os comandantes são três arquitetos, um produtor cultural, um designer
gráfico, um professor e uma cantora. O estúdio foi batizado de Risco. "A idéia é resolver o problema do cliente por
inteiro. Se for um livro, oferecemos o trabalho de editoração, diagramação, captação de recursos e lançamento.
Uma casa? Projeto, objetos ou somente consultoria", diz o
arquiteto e sócio Humberto Pio. Além do estúdio, há uma
loja, que reúne marcas próprias e garimpo em geral.
ORÇAMENTO
O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à
Fome teve em agosto a
maior execução orçamentária desde sua criação, em
2003. Foram investidos
mais de R$ 2,13 bilhões. O
aumento se deve à recomposição de 18,75% do benefício
do Bolsa Família, cujo valor
mínimo passou de R$ 15 para R$ 18, e o máximo de R$
95 para R$ 112, elevando o
valor médio nacional de R$
62 para R$ 74. Desde o início
do ano, os recursos para o
pagamento do Bolsa Família
subiram cerca de 20%. Em
fevereiro, o programa pagou
mais de R$ 675,8 milhões e,
em agosto, foram quase
R$ 800 milhões.
NONA RODADA
Para atrair investidores
para a nona rodada de licitação de blocos para exploração de petróleo e gás natural,
os diretores da ANP apresentam a investidores as
áreas e regras do processo,
em Londres, na próxima
quarta. Com o apoio do Itamaraty, a ANP organiza um
seminário na embaixada
brasileira. O número de empresas que manifestaram interesse já se aproxima do total de inscritos na oitava rodada.
VINÍCOLA
A Vallontano, pequena vinícola de Bento Gonçalves
(RS), é a primeira casa brasileira a integrar o catálogo da
Mistral Importadora. O enólogo Luis Zanini, proprietário da empresa, está trabalhando na colheita e na vinificação do Domaine Montille 2006, na Borgonha, França. O tinto Vallontano Tannat é um dos destaques entre os seis vinhos importados pela Mistral.
OLFATO
O grupo Clarins registrou
vendas líqüidas de 494,6
milhões no primeiro semestre. O resultado é superior
em 6,9% ao de igual período
de 2006. O grupo é dono de
marcas como Thierry Mugler e Azzaro, cujo CEO estará em São Paulo, no dia 26,
para o lançamento de Azzaro Now.
INFRA-ESTRUTURA
CAIXA ASSINA ACORDO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA COM BID
A Caixa Econômica Federal foi escalada pelo BID (Banco
Interamericano de Desenvolvimento) para prestar apoio
técnico e operacional nos financiamentos do Programa Pró-Cidades do Brasil. A previsão é que sejam 28 projetos e um
total de US$ 1,2 bilhão investido pelo BID. O acordo será
assinado no dia 24 pela presidente do banco, Maria Fernanda Ramos Coelho, para investimentos nos setores de habitação, transporte, educação, saúde, saneamento, infra-estrutura e ambiente. A Caixa será prestadora de apoio técnico operacional e supervisionará o processo de gestão.
com ISABELLE MOREIRA LIMA e JOANA CUNHA
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