São Paulo, sábado, 21 de outubro de 2000

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MERCADO FINANCEIRO
Bovespa não acompanha desempenho das Bolsas nos EUA e tem queda de 2,12%
Argentina e petróleo fazem Bolsa cair

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo ignorou as altas do mercado norte-americano e terminou o pregão em baixa de 2,12%, com 14.529 pontos.
Ainda pela manhã, rumores sobre a renúncia do ministro das Finanças da Argentina e uma possível moratória a ser anunciada pelo governo do país deixaram o mercado nervoso e fizeram a Bolsa paulista operar em baixa durante quase todo o dia.
O agravamento da crise entre israelenses e palestinos também influenciou negativamente a Bovespa.
As Bolsa dos EUA voltaram a subir ontem. A Nasdaq (Bolsa eletrônica que reúne as ações da nova economia) fechou o dia em alta de 1,89%. O Dow Jones, índice das ações mais negociadas em Nova York, registrou alta de 0,82%.
Depois de o Ibovespa subir 2,94% na quinta-feira, operadores acreditavam que o mercado tivesse ontem mais um dia de alta, acompanhando o mercado norte-americano como tem feito nos últimos dias.
O volume financeiro foi reduzido, como tem sido nas últimas semanas, registrando giro de R$ 479,179 milhões.
Com a queda de ontem, a Bovespa acumulou perdas em nove dos últimos dez pregões.
A volatilidade do petróleo em Nova York voltou a assustar o mercado. O desenrolar da crise entre palestinos e israelenses durante o fim-de-semana poderá pressionar o mercado acionário logo abertura dos negócios na segunda-feira.
As ações preferenciais da Petrobras voltaram a estar entre as mais negociadas do dia. Com participação de 10,2% no pregão, caíram 1,76%. As ordinárias da empresa também terminaram em queda, de 1,97%.
Das ações que tiveram alta no dia, o destaque foram as preferenciais da Telemig Participações, que subiram 4,3%. As preferenciais da Tele Nordeste Celular também registraram alta expressiva, de 2,5%.
No mercado norte-americano, os ADR"s de empresas brasileiras tiveram um mau dia. Os recibos da Globo Cabo caíram 3,60%, seguidos por CSN, que perderam 3,01%, e Petrobras PN, que teve desvalorização de 2,28%.
(FABRICIO VIEIRA)


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