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Em 90 dias, aumentos chegam a atingir 59%
DA REDAÇÃO
A inflação está acelerada na cidade de São Paulo, mas é proveniente de poucos itens, principalmente dos setores de alimentos e
de transportes.
Dos 20 itens que mais pressionaram a taxa da Fipe nos últimos
30 dias, 14 são desses setores. Esses 14 itens foram responsáveis
por 50% da taxa da segunda quadrissemana deste mês.
Alguns reajustes, no entanto, estão com patamares bem elevados,
segundo Heron do Carmo, coordenador do IPC.
A Fipe selecionou os produtos
que mais subiram nos últimos
três meses -período em que o
dólar teve os maiores reflexos sobre os preços- e constatou reajustes surpreendentes, segundo
Heron.
Os líderes de aumentos foram
os derivados da cana-de-açúcar.
Nas contas da Fipe, o álcool combustível teve reajuste de 59% no
período. O litro do combustível
saiu da média de R$ 0,769 em
meados de agosto para R$ 1,222
no fim da primeira quinzena deste mês. O açúcar vem a seguir,
com reajuste de 58% no mesmo
período. O quilo do produto subiu de R$ 0,76 para R$ 1,20.
Óleo e arroz
Dois outros produtos básicos na
alimentação dos consumidores se
encontram na lista das maiores altas: óleo de soja e arroz.
O óleo, por ser um produto exportável, teve reajuste de 40% no
período devido ao aumento do
dólar e da soja em grãos no mercado externo.
No caso do arroz, a alta foi de
38% nos últimos três meses porque os produtores e intermediários reduziram as vendas, pressionando os preços.
Essa alta foi auxiliada pela dificuldade de importação do produto devido ao maior custo do dólar.
A farinha de trigo (52%), o macarrão (25%) e o pãozinho (21%)
também estão na lista das maiores
altas, devido ao aumento dos preços do trigo nos mercados interno
e externo.
Nessa lista de aumentos, até o
café esboçou uma reação em seus
preços. Desde agosto, a alta acumulada é de 11%, mas esse percentual ainda não repõe as perdas
de 23% registradas pelo produto
durante os oito anos e meio do
Plano Real.
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