São Paulo, quinta-feira, 21 de novembro de 2002

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Argentina entra em colapso sem FMI, diz secretário

JOSÉ ALAN DIAS
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

O secretário de Finanças da Argentina, Guillermo Nielsen, afirmou ontem que o país "entrará em colapso" em maio, se não obtiver antes um acordo com o Fundo Monetário Internacional.
Ao estabelecer a "data limite", Nielsen tomou como base o fato de que, até o final de maio de 2003, o governo argentino terá que honrar compromissos que totalizam US$ 9,6 bilhões. Sem um acordo, em tese, teria que efetuar os pagamentos usando as reservas. E, justamente em maio, as reservas, hoje estimadas em US$ 9,4 bilhões, estariam zeradas.
"A alternativa é não pagar", disse Nielsen, o segundo na hierarquia no Ministério da Economia de seu país, em um painel sobre a crise econômica da Argentina na Cúpula de Negócios da América Latina, no Rio.
Não seria algo inédito: na última sexta, pela primeira vez na história, a Argentina não honrou uma dívida com o Banco Mundial. O governo decidiu desembolsar somente US$ 77,9 milhões (referente a juros) em vez do montante principal, de US$ 805 milhões, ao banco.
Nielsen afirmou que há a possibilidade de finalizar as negociações em dezembro, apesar dos entraves, mas os analistas do mercado financeiro acham improvável.


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