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Argentina entra em colapso sem FMI, diz secretário
JOSÉ ALAN DIAS
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
O secretário de Finanças
da Argentina, Guillermo
Nielsen, afirmou ontem que
o país "entrará em colapso"
em maio, se não obtiver antes um acordo com o Fundo
Monetário Internacional.
Ao estabelecer a "data limite", Nielsen tomou como
base o fato de que, até o final
de maio de 2003, o governo
argentino terá que honrar
compromissos que totalizam US$ 9,6 bilhões. Sem
um acordo, em tese, teria
que efetuar os pagamentos
usando as reservas. E, justamente em maio, as reservas,
hoje estimadas em US$ 9,4
bilhões, estariam zeradas.
"A alternativa é não pagar", disse Nielsen, o segundo na hierarquia no Ministério da Economia de seu país,
em um painel sobre a crise
econômica da Argentina na
Cúpula de Negócios da
América Latina, no Rio.
Não seria algo inédito: na
última sexta, pela primeira
vez na história, a Argentina
não honrou uma dívida com
o Banco Mundial. O governo
decidiu desembolsar somente US$ 77,9 milhões (referente a juros) em vez do
montante principal, de US$
805 milhões, ao banco.
Nielsen afirmou que há a
possibilidade de finalizar as
negociações em dezembro,
apesar dos entraves, mas os
analistas do mercado financeiro acham improvável.
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