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São Paulo, sexta-feira, 21 de novembro de 2003

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Palocci sinaliza rever alta da Cofins, diz consultor

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Sob pressão de empresários, o ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) sinalizou a possibilidade de rever o aumento da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) de 3% para 7,6% sobre o faturamento das empresas, fixado por medida provisória no início do mês.
A indicação foi relatada ontem pelo consultor Antoninho Marmo Trevisan em reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Trevisan se encontrara com Palocci na véspera. "O ministro sustenta a palavra empenhada de que não haverá aumento da carga tributária e está aberto a rever isso", contou Trevisan sobre o aumento da Cofins.
Durante a reunião, outro membro do conselho, o empresário Paulo Skaf, da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), propôs que se criasse uma comissão emergencial para impedir o aumento da contribuição. "Não podemos permitir em hipótese nenhuma que cresça a carga tributária, expondo a palavra do presidente da República."
O secretário-executivo do conselho, ministro Tarso Genro, se comprometeu a intermediar uma solução para impedir o aumento dos impostos. "O conselho é depositário de um compromisso do presidente Lula de não aumentar a carga tributária."
O ministro vem insistindo em que a intenção do governo não é aumentar a carga de impostos. Mas o projeto de lei orçamentária para 2004 encaminhado ao Congresso prevê aumento da receita com a Cofins em R$ 4,4 bilhões.


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