DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ontem, em solenidade no Planalto, agilidade à Companhia Vale do Rio Doce e à coreana Dongkuk Stell Mill para que seja possível inaugurar, até 2010, a usina siderúrgica no Ceará, fruto de parceria entre as duas empresas.
A Vale e a Dongkuk assinaram memorando de entendimento, primeiro passo para concretizar o projeto, cujo investimento inicial é avaliado pela Vale em U$ 2 bilhões. Na cerimônia, Lula evocou a ajuda de Deus para acelerar o projeto e disse que, após a descoberta da reserva de Tupi, "está ficando provado que Deus é brasileiro".
O imbróglio judicial que obrigou a troca do gás pelo carvão mineral como fonte de energia da usina foi mencionado ontem pelo presidente da Donkkuk, Saejoo Chang, pelo governador do Ceará, Cid Gomes, e pelo próprio Lula. Em rápido discurso, o coreano "lamentou" que não foi possível concluir o projeto original por "problemas de gás" no Ceará.
A decisão de trocar o gás pelo carvão foi tomada 15 dias depois de os governos de São Paulo e do Rio suspenderem o fornecimento de gás para empresas e postos de gasolina nos Estados, para garantir o fornecimento a usinas termelétricas.
Segundo a Vale, a indústria no Ceará terá capacidade de produzir 2,5 milhões de toneladas de placas de aço por ano. A capacidade total será de 5 milhões de toneladas de placas de aço anuais.
(LETÍCIA SANDER)


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