São Paulo, quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Requião anuncia, mais uma vez, que pedágios não subirão no PR

Governador diz que os preços são abusivos e prejudicam a cadeia econômica

DIMITRI DO VALLE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

O governo do Paraná, Roberto Requião (PMDB), anunciou ontem que vai voltar a descumprir cláusula contratual que permite o reajuste do pedágio em rodovias do Estado, a partir de 1º de dezembro.
Desde 2003, o governo paranaense se recusa a aplicar o reajuste anual das tarifas a partir dessa data. Diz que os preços são abusivos e prejudicam a cadeia econômica.
Mas a tática não encontra respaldo na Justiça. Desde que a disputa entre concessionárias e o governo chegou ao Judiciário, há quatro anos, as empresas vêm ganhando ações na Justiça para aplicar o aumento. O governo já perdeu 52 ações.
A disposição de não homologar os reajustes, que neste ano seriam de 4,13%, foi feita pelo governador e pelo secretário estadual dos Transportes, Rogério Tizzot, em reunião da equipe de governo. Para justificar a recusa neste ano, Requião citou que o leilão de trechos de rodovias federais, em outubro, comprovou ser possível praticar baixas tarifas.
"Não há necessidade de aumentar o que já está alto. Isso ficou evidente depois do leilão das rodovias federais. As tarifas [nas rodovias federais] vão ficar muito abaixo das praticadas no Paraná", disse Tizzot.
A direção da ABCR (Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias) informou, pela assessoria de imprensa, que só vai se manifestar na sexta-feira, em entrevista coletiva.
Até lá, a entidade diz que aguardará o prazo de cinco dias para que o Departamento Estadual de Estradas de Rodagem analise os pedidos de reajuste.


Texto Anterior: Combustível: Governo da Argentina multa Petrobras
Próximo Texto: Para as teles, rede pública de banda larga é retrocesso
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.