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Requião anuncia, mais uma vez, que pedágios não subirão no PR
Governador diz que os preços são abusivos e prejudicam a cadeia econômica
DIMITRI DO VALLE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
O governo do Paraná, Roberto Requião (PMDB), anunciou
ontem que vai voltar a descumprir cláusula contratual que
permite o reajuste do pedágio
em rodovias do Estado, a partir
de 1º de dezembro.
Desde 2003, o governo paranaense se recusa a aplicar o reajuste anual das tarifas a partir
dessa data. Diz que os preços
são abusivos e prejudicam a cadeia econômica.
Mas a tática não encontra
respaldo na Justiça. Desde que
a disputa entre concessionárias
e o governo chegou ao Judiciário, há quatro anos, as empresas vêm ganhando ações na
Justiça para aplicar o aumento.
O governo já perdeu 52 ações.
A disposição de não homologar os reajustes, que neste ano
seriam de 4,13%, foi feita pelo
governador e pelo secretário
estadual dos Transportes, Rogério Tizzot, em reunião da
equipe de governo. Para justificar a recusa neste ano, Requião
citou que o leilão de trechos de
rodovias federais, em outubro,
comprovou ser possível praticar baixas tarifas.
"Não há necessidade de aumentar o que já está alto. Isso
ficou evidente depois do leilão
das rodovias federais. As tarifas
[nas rodovias federais] vão ficar
muito abaixo das praticadas no
Paraná", disse Tizzot.
A direção da ABCR (Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias) informou,
pela assessoria de imprensa,
que só vai se manifestar na sexta-feira, em entrevista coletiva.
Até lá, a entidade diz que
aguardará o prazo de cinco dias
para que o Departamento Estadual de Estradas de Rodagem
analise os pedidos de reajuste.
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