|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Foco
Nossa Caixa nasceu em 1917 para estimular poupança na crise do café
MAURÍCIO MORAES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Com a aplicação de um
conto de réis, o primeiro
cliente da então Caixa Econômica da Capital, em 1917,
foi um estudante chamado
Paulo Francisco, 15. Tratava-se de uma jogada de marketing do pai do adolescente,
Altino Arantes, governador
de São Paulo à época, tentando incentivar a poupança
dos paulistas. Foi com um
decreto de Arantes que nasceram várias outras "caixas
econômicas" em cidades como Campinas e Santos.
Os cafeicultores de então
sentiam forte os efeitos da
recessão causada pela queda
do consumo na Europa, que
vivia a Primeira Guerra. Daí
o incentivo aos "pecúlios", a
poupança de hoje.
Em 1951, o governador Lucas Garcez unificou as "caixas" paulistas, sob o nome de
Caixa Econômica do Estado
de São Paulo. Mas foi só em
1971 que o banco virou sociedade anônima. Em 1990,
mudou de nome e de estatuto e passou a se chamar Nossa Caixa-Nosso Banco e posteriormente Nossa Caixa.
Durante boa parte de sua
história, a Nossa Caixa foi
ofuscada pelo Banespa, privatizado em 2000. Mal das
pernas, em 1994, foi reestruturada no governo Mário
Covas. Em 2001, o banco obtém o registro de companhia
aberta. Hoje, a Nossa Caixa
agrega uma carteira de quase
R$ 16 bilhões de depósitos
judiciais e uma posição relevante no crédito imobiliário.
Texto Anterior: Concentração ajuda na crise, dizem analistas Próximo Texto: Busca por eficiência faz banco público parecer com privado Índice
|