|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Taxa de outubro fica mais alta para empresas
DA REPORTAGEM LOCAL
O "spread" bancário- a diferença entre a taxa de captação dos
bancos e o valor cobrado dos
clientes- sofreu uma alta de
1,9% em outubro deste ano em
comparação com outubro de
2002. Com isso, o "spread" médio
consolidado passou de 29,5% para 31,4%, de acordo com o estudo
"Juros e Spread Bancário", divulgado ontem pelo Banco Central.
Para o consultor Eduardo
Lundberg, o aumento das taxas
cobradas dos clientes para empréstimos foi reflexo da retração
da captação de empréstimos externos pelos bancos.
O volume de repasses externos
caiu de US$ 17,3 milhões em dezembro do ano passado para US$
13,2 milhões em outubro deste
ano. No mesmo período, essas
operações de captação encareceram e atingiram num patamar de
17,5 % em outubro.
Dados do estudo apontam que
entre as pessoas físicas e as jurídicas a diferença entre a taxa de captação e a de aplicação teve comportamentos diferentes.
Para as pessoas jurídicas, a taxa
subiu 4,1 pontos percentuais, chegando a 17,4%. Mais uma vez, assim com no levantamento de
2001, a aversão ao risco dos investidores foi apontada como a causa
para a elevação. Para as pessoas físicas, houve queda de 2,8%, que
fez com que a taxa recuasse para
51,5%. "Nesse caso, o impacto da
escassez e encarecimento de crédito externo têm menos relevância", afirmou Lundberg.
Com relação à média das taxas
de juros praticadas pelos bancos,
durante o período, elas permaneceram estáveis em 65,8%, ficando
em 44,9% para as empresas.
Já para as pessoas físicas, a taxa
registrada foi de 79,3%. Para o
Banco Central, o maior índice de
inadimplência registrado entre
elas justifica a diferença observada entre as duas categorias.
Essa foi a terceira edição do estudo. O objetivo do BC é utilizar
as informações para baixar gradualmente o "spread" bancário.
Texto Anterior: Finanças: Consumidor paga juro mais alto em 2 anos Próximo Texto: Luís Nassif: A biografia de Meirelles Índice
|