|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Mantega foi derrotado, dizem representantes de sindicalistas
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Sindicalistas que participaram da reunião que resultou
em um novo valor para o salário
mínimo (R$ 380) e na correção
da tabela do Imposto de Renda
afirmaram ontem que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi "derrotado".
Cerca de 30 representantes
de sete centrais sindicais
-CUT, Força Sindical, CGT,
CAT, CGTB, SDS e Nova Central-, os ministros Luiz Marinho (Trabalho) e Nelson Machado (Previdência), secretários e técnicos das duas pastas
participaram da reunião que
selou o reajuste após cinco horas e meia de negociação.
Mantega era um dos representantes do governo que mais
resistia a aumento superior a
R$ 367. Há uma semana, disse
que não poderia haver "aumento grande por causa do impacto
nas contas da Previdência".
Mantega chegou a negar, no
Senado, que o governo havia fechado posição no reajuste. "O
ministro pode dizer o que quiser, mas foi derrotado", afirmou Paulo Pereira da Silva,
presidente da Força Sindical.
"O fato é que Mantega nos
atropelou nas negociações. Foi
negociar direto com o Congresso um mínimo de R$ 375 e ficou
nos "bombardeando'", disse. As
negociações foram acompanhadas de perto pelo presidente. "Marinho e Lula conversaram várias vezes pelo celular
até por volta da meia-noite. O
acordo seria levado ao presidente para que ele batesse o
martelo", afirmou Paulinho.
Para a CUT, o acordo está selado e é positivo. "Foi negociado acordo que traz avanços, como a política de valorização
combinando reajuste pela inflação e pelo PIB", disse Artur
Henrique da Silva Santos, presidente da central. A assinatura
deve ocorrer na terça-feira.
Texto Anterior: Saiba mais: Prefixar reajuste é volta de indexação Próximo Texto: Vinicius Torres Freire: Devagar e sempre e devagar Índice
|