São Paulo, quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

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Mantega foi derrotado, dizem representantes de sindicalistas

CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Sindicalistas que participaram da reunião que resultou em um novo valor para o salário mínimo (R$ 380) e na correção da tabela do Imposto de Renda afirmaram ontem que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi "derrotado".
Cerca de 30 representantes de sete centrais sindicais -CUT, Força Sindical, CGT, CAT, CGTB, SDS e Nova Central-, os ministros Luiz Marinho (Trabalho) e Nelson Machado (Previdência), secretários e técnicos das duas pastas participaram da reunião que selou o reajuste após cinco horas e meia de negociação.
Mantega era um dos representantes do governo que mais resistia a aumento superior a R$ 367. Há uma semana, disse que não poderia haver "aumento grande por causa do impacto nas contas da Previdência".
Mantega chegou a negar, no Senado, que o governo havia fechado posição no reajuste. "O ministro pode dizer o que quiser, mas foi derrotado", afirmou Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical.
"O fato é que Mantega nos atropelou nas negociações. Foi negociar direto com o Congresso um mínimo de R$ 375 e ficou nos "bombardeando'", disse. As negociações foram acompanhadas de perto pelo presidente. "Marinho e Lula conversaram várias vezes pelo celular até por volta da meia-noite. O acordo seria levado ao presidente para que ele batesse o martelo", afirmou Paulinho.
Para a CUT, o acordo está selado e é positivo. "Foi negociado acordo que traz avanços, como a política de valorização combinando reajuste pela inflação e pelo PIB", disse Artur Henrique da Silva Santos, presidente da central. A assinatura deve ocorrer na terça-feira.


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