São Paulo, domingo, 22 de janeiro de 2006

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MERCADO ABERTO

Energia de SP reflete PIB menor

O consumo de energia em São Paulo cresceu apenas 3,8% em 2005, o que indica uma queda significativa em relação ao ritmo de expansão dos dois anos anteriores. Em 2003, o consumo de energia cresceu 6%, e, no ano seguinte, 5,4%.
Considerado um dos melhores termômetros para medir o pulso da economia, o consumo de energia é mais um indicador que mostra a forte desaceleração na velocidade do crescimento do PIB no ano passado.
Pelas contas de Mauro Arce, secretário estadual de energia de São Paulo, o PIB em 2005 não deve ter crescido mais do que 2,4%, tomando como base o consumo de energia no Estado.
O mais preocupante é que a queda no ritmo de crescimento do consumo de energia se deu principalmente na indústria. O setor consumiu apenas 2,6% a mais do que em 2004. Nos três anos anteriores, o crescimento da indústria tinha sido muito maior: 3,6% em 2002; 6,6% em 2003; e 7,8% em 2004.
As perspectivas não são muito animadoras para a indústria. Desde fevereiro do ano passado, não pára de cair o ritmo de crescimento do consumo de energia na indústria paulista. De acordo com Mauro Arce, não há nada, pelo menos até o momento, que indique sinais de recuperação neste início de ano.
Já os outros setores mostraram um crescimento expressivo. O consumo residencial de energia, por exemplo, cresceu 5,2%, acima dos 4,7% de 2003 e dos 4,1% de 2004. Ainda assim, o consumo residencial está abaixo dos níveis de 2000, que antecede o ano do racionamento. O consumo comercial também foi alto: foi de 5%, acima dos 4,3% de 2004, mas abaixo dos 6,3% de 2003.
Chama a atenção ainda nos números do desempenho de energia de São Paulo o aumento do consumo de gás natural. No ano passado, o crescimento foi de 15,8%. Em 2004, tinha sido de 16%, e, em 2003, de 19,4%.

BRASIL A GOSTO
De uma viagem de meses pelo Brasil, em que foram percorridas 47 cidades e experimentadas mais de 300 receitas, "nasce" o restaurante Brasil a Gosto, recém-inaugurado nos Jardins, em São Paulo. O espaço, que pretende homenagear a cozinha brasileira de norte a sul, faz parte de um projeto de Ana Luiza Trajano, que inclui ainda um livro e um documentário de mesmo nome. O restaurante é recheado de referências às diversas culturas regionais, do prédio de 400 m2 à decoração e aos uniformes dos funcionários. Entre as atrações, versões diferentes -pratos cearenses, mineiros ou capixabas, entre outros- para cada dia da semana do famoso PF, diz Ana Luiza, que é filha da empresária Luiza Helena Trajano, dona da rede de lojas Magazine Luiza.

CONFRARIA DO BARÃO
Washington Olivetto, Boni, Álvaro Garnero, Benjamin Steinbruch, André Midani e Gabriel Zellmeister são alguns dos integrantes da recém-formada Confraria do Barão. O grupo irá se reunir às terças no novo Bar Augusta para degustar a Cachaça do Barão, lançada por Ivan Zurita (Nestlé). Para eles, porém, está guardada uma reserva especial, envelhecida por três anos em cartolas de carvalho de 180 litros.

PRESSIONADO
O cobre continua a sua escalada em 2006 e a pressionar a indústria que o utiliza como matéria-prima. A tonelada do metal, que fechou dezembro com a cotação média de US$ 4.576, chegou a US$ 4.762 na quinta. Segundo o Sindicel, sindicato da indústria de fios e cabos, o repasse ao consumidor foi de 30%, enquanto o preço do cobre subiu, de 2004 para 2005, 40%, o que reduziu as margens do setor.

POLÍTICA COMPETITIVA
O Fórum Nacional, coordenado pelo ex-ministro do Planejamento João Paulo dos Reis Velloso, realiza na próxima quinta-feira um workshop com o tema "Por uma Política Moderna de Competição para o Brasil". O evento, que será realizado na sede do BNDES, no Rio, será aberto pelo ministro da Justiça, Márcio Thomas Bastos, e contará com a presidente do Cade, Elizabeth Farina, entre outros.

COOPERATIVAS
A OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) está propondo ressuscitar um dos muitos organismos que acabaram no governo Collor, o Conselho Nacional de Cooperativas. O argumento utilizado pela OCB é que o conselho faz falta para acompanhar e avaliar as políticas públicas de fomento ao cooperativismo, umas das pontas que têm auxiliado a manter o desempenho do país na agropecuária.

VoIP NA GÔNDOLA
A operadora de telecomunicações Hip Telecom acaba de acertar parceria com o Extra Hipermercados para vender um aparelho que realiza a conversão de voz em dados e viabiliza ligações via banda larga. Para responder às dúvidas dos consumidores sobre o sistema VoIP (tráfego de voz sobre IP, a telefonia via internet), uma equipe de promotores foi escalada para monitorar as lojas que terão o aparelho.


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