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ÁSIA
Impacto de recessão dos EUA derruba mercados asiáticos
DA REDAÇÃO
As preocupações com os efeitos na região de uma possível
recessão dos EUA e a desconfiança com o plano apresentado pelo presidente George W.
Bush ajudaram a derrubar as
Bolsas asiáticas e arrastaram os
principais mercados mundiais.
A possibilidade de o Bank of
China apresentar resultado negativo também colaborou para
a "segunda-feira negra".
Uma recessão nos EUA pode
ter um forte impacto na Ásia,
cujas economias são fortemente dependentes das exportações. Nos últimos meses, desde
que aumentaram os sinais de
que a economia americana irá
se desacelerar, vários analistas
vinham dizendo que a Ásia não
iria sofrer tanto os efeitos de
uma recessão nos EUA devido
ao aumento do comércio e dos
investimentos dentro da própria região. Mas não foi essa visão que predominou ontem.
No Japão, que enfrenta o seu
próprio temor de recessão, o
principal índice da Bolsa de Tóquio caiu 3,86% -no ano, ele já
registra queda de 12,95%. O índice Nikkei atingiu o seu menor
nível em 26 meses.
A Bolsa de Xangai, uma das
que mais cresceram no mundo
em 2007 e que geralmente está
"descolada" dos principais
mercados mundiais, teve queda
de 5,1% e acumula perdas de
6,6% no ano. Investidores ficaram preocupados com as aplicações dos bancos locais em títulos do setor de crédito imobiliário americano de alto risco.
O estopim do temor foi um
jornal de Hong Kong ter dito
que o Bank of China pode até
ter prejuízo em seu balanço
anual, após reavaliar seus investimentos nesses ativos. Ele
lucrou US$ 6,3 bilhões nos nove primeiros meses de 2007.
A Bolsa de Xangai caiu 8,84%
em 27 de fevereiro do ano passado, levando os principais
mercados mundiais a sofrer
forte queda na ocasião.
Ontem, a Bolsa de Mumbai
(Índia) caiu 7,4% e teve sua a
maior queda em pontos da história do pregão. Em Hong
Kong, o mercado se desvalorizou em 5,49%, e a Bolsa sul-coreana, em 2,9%.
Adrian Mowat, estrategista-chefe do JP Morgan para a Ásia,
disse ao "New York Times" que
os investidores asiáticos estavam em negação sobre a possibilidade de recessão dos EUA.
Mas agora, diz ele, "não há discussão sobre isso", a única dúvida é "quão duradoura e profunda" deve ser a recessão.
Outro dia de queda
As Bolsas asiáticas abriram
suas operações nesta terça-feira sofrendo forte impacto dos
resultados do dia anterior. Em
pouco mais de uma hora de
funcionamento, o índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, já caía
mais de 4,2%, e o da Coréia do
Sul, 4,7%. Em Taiwan, a Bolsa
registrava perdas de 5,5%
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