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São Paulo, sábado, 22 de fevereiro de 2003

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Presidente do IBS diz que, se cotações internacionais fossem seguidas, preços estariam muito mais altos

Setor do aço diz ser o "bode expiatório"

JOSÉ ALAN DIAS
DA REPORTAGEM LOCAL

As siderúrgicas decidiram contra-atacar. Um dia depois de representantes de dez setores formalizarem ao governo documento em que "alertam" sobre aumentos abusivos nos preços do aço, o presidente do IBS (Instituto Brasileiro de Siderurgia), José Armando Campos, afirmou que, se o setor seguisse as cotações mundiais, os preços no mercado interno ""estariam muito mais altos".
""Os [dez" setores se uniram em torno de um bode expiatório. Esse é um documento repetitivo para justificar reajustes", disse Campos, em referência, direta, a aumentos entre 2% e 5% nas tabelas das montadoras ocorridos em dezembro passado e janeiro.
O documento entregue ao governo sustenta que, em 2002, preços de aços planos (usados pelas indústrias automobilística e de eletrodomésticos) subiram 63%, contra variação de 45% do dólar.
Campos argumenta que o aumento deveu-se a pressões de custos de insumos que ""subiram estupidamente". Sustentou ainda que as siderúrgicas também têm em média 45% de seus custos em dólares. Entre janeiro e fevereiro de 2002, segundo ele, o preço do ferro gusa subiu 92%, o de ligas de ferro, entre 49% e 155%.
O IBS argumenta, por exemplo que, enquanto a tonelada de aço laminado a quente (elemento básico na cadeia) é comercializada no mercado interno a US$ 260, no exterior ela alcança US$ 340.


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