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Presidente do IBS diz que, se cotações internacionais fossem seguidas, preços estariam muito mais altos
Setor do aço diz ser o "bode expiatório"
JOSÉ ALAN DIAS
DA REPORTAGEM LOCAL
As siderúrgicas decidiram contra-atacar. Um dia depois de representantes de dez setores formalizarem ao governo documento em que "alertam" sobre aumentos abusivos nos preços do
aço, o presidente do IBS (Instituto
Brasileiro de Siderurgia), José Armando Campos, afirmou que, se
o setor seguisse as cotações mundiais, os preços no mercado interno ""estariam muito mais altos".
""Os [dez" setores se uniram em
torno de um bode expiatório. Esse
é um documento repetitivo para
justificar reajustes", disse Campos, em referência, direta, a aumentos entre 2% e 5% nas tabelas
das montadoras ocorridos em dezembro passado e janeiro.
O documento entregue ao governo sustenta que, em 2002, preços de aços planos (usados pelas
indústrias automobilística e de
eletrodomésticos) subiram 63%,
contra variação de 45% do dólar.
Campos argumenta que o aumento deveu-se a pressões de
custos de insumos que ""subiram
estupidamente". Sustentou ainda
que as siderúrgicas também têm
em média 45% de seus custos em
dólares. Entre janeiro e fevereiro
de 2002, segundo ele, o preço do
ferro gusa subiu 92%, o de ligas de
ferro, entre 49% e 155%.
O IBS argumenta, por exemplo
que, enquanto a tonelada de aço
laminado a quente (elemento básico na cadeia) é comercializada
no mercado interno a US$ 260, no
exterior ela alcança US$ 340.
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