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CÚPULA ECONÔMICA
Secretário britânico das Finanças apresentará projeto para criação de um fundo de combate à pobreza
G7 discute como reativar a economia global
DA REDAÇÃO
Os ministros da área econômica e os presidentes dos bancos
centrais dos sete países mais ricos
do globo iniciaram ontem, num
encontro em Paris, discussões sobre como acelerar a recuperação
da economia mundial, que passa
por uma lenta retomada desde a
recessão de 2001.
Na agenda do encontro das autoridades do G7 está também a
apresentação de um projeto que
propõe uma nova maneira de financiar o combate à pobreza
mundial, alternativo aos projetos
de instituições como o Banco
Mundial. O objetivo é alcançar a
meta de reduzir pela metade, até
2015, o número de pessoas em estado de miséria (que vivem com
menos de US$ 1 por dia).
Ainda que de forma indireta, a
provável guerra dos EUA contra o
Iraque (e seus efeitos sobre a economia mundial) não deixará de
dominar parte das conversas.
Uma declaração, que será divulgada hoje, ao fim do encontro de
dois dias, começou a ser esboçada
ontem. De acordo com fontes do
G7, o relaxamento da política monetária (redução de juros), especialmente na zona do euro, deverá
ser uma das principais propostas
a serem debatidas.
"Se houver uma desaceleração,
há coisas que podemos fazer no
campo da política monetária",
disse à agência Reuters um membro do governo canadense que
preferiu não se identificar.
O encontro das principais autoridades econômicas do planeta
ocorre em meio a um clima de crise diplomática entre, de um lado,
EUA e Reino Unido (pró-guerra)
e, de outro, França e Alemanha
(contrários à guerra).
Durante o encontro, o secretário britânico das Finanças, Gordon Brown, apresentará um projeto que pretende utilizar os mercados financeiros internacionais
para a criação de um fundo de investimentos com destino ao combate à pobreza. O plano, que vem
sendo esboçado há um ano e teve
a colaboração de economistas da
iniciativa privada, poderia levantar US$ 500 bilhões até 2015.
Snow em ação
O novo secretário do Tesouro
dos EUA, John Snow, aproveitou
sua primeira viagem oficial ao exterior para pedir o apoio dos colegas para o projeto de estímulo
econômico da Casa Branca. Em
quatro encontros bilaterais, o secretário disse que a recuperação
norte-americana só traria benefícios para todo o mundo.
Snow argumentou que uma retomada dos EUA, a maior potência do planeta, estimularia toda a
economia mundial.
Com agências internacionais
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