São Paulo, terça-feira, 22 de fevereiro de 2005

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Banco Central compra US$ 2,5 bilhões em janeiro

DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado puxou o freio de mão à espera da divulgação da ata da reunião do Copom. O feriado que parou o mercado nos EUA colaborou para que ontem os negócios não fossem muito fortes.
O dólar subiu 0,16%, mas manteve-se abaixo de R$ 2,60, como tem ocorrido há mais de uma semana. Ontem, a moeda dos EUA fechou a R$ 2,578. Operadores do mercado afirmaram que compras feitas por um banco estrangeiro ajudaram a fazer o dólar subir. Além disso, o BC realizou um leilão de compra de moeda. Em janeiro, o montante adquirido pelo BC no mercado superou US$ 2,5 bilhões. Desde dezembro, o BC tem comprado dólares, sem deter a alta do real. O BC já teria comprado mais de US$ 7,5 bilhões.
Na quinta-feira, será conhecida a ata da reunião deste mês do Copom. O documento trará explicações sobre os motivos que levaram à alta da taxa básica de 18,25% para 18,75% ao ano. O BC também deve dar sinais sobre o futuro da política monetária. Hoje, a expectativa do mercado é que os juros básicos subam para 19% ao ano em março. A ata pode mudar essa aposta.
No final da tarde de hoje, o BC deve divulgar o número de contratos de "swap" cambial que ofertará em leilão amanhã. Essa vai ser a quarta operação desse tipo desde que a autoridade monetária passou a realizar os leilões semanais dos novos contratos, que, por terem o efeito de compra de moeda no mercado futuro, podem ajudar a amenizar a tendência de queda do dólar.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os contratos de juros com vencimentos mais longos (acima de 12 meses) fecharam com taxas mais altas. Temerosos de uma ata mais "pesada", que demonstre que os juros ficarão em patamar elevado por bastante tempo, alguns investidores preferiram começar a se defender desse cenário. No contrato DI (Depósito Interfinanceiro) com resgate em abril de 2006, a taxa foi de 18,55% para 18,62%.
A Bovespa fechou com alta de 0,36%. O movimento financeiro chegou a R$ 2,58 bilhões, mas foi inflado pelo exercício dos contratos de opções, que movimentaram R$ 1,15 bilhão. (FV)


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