São Paulo, sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

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Mudança garantirá mais liberdade para usuário comum, afirmam especialistas

CAMILA RODRIGUES
GUSTAVO VILLAS BOAS

DA REPORTAGEM LOCAL

Para o usuário comum, os dados tornados públicos pela Microsoft _e o compromisso com os padrões da indústria_ deverão permitir mais liberdade na hora de trocar e utilizar documentos e aplicações criados por outros desenvolvedores.
Um exemplo é a navegação na internet. Sites criados em ambiente Microsoft e testados apenas para o seu navegador, o Internet Explorer, muitas vezes funcionam com falhas até em programas populares, como o Firefox, observa Bruno Souza, da Open Source Initiative, uma organização internacional sobre software livre.
"A Microsoft sempre fez alguma coisa diferente do padrão, para prender o usuário no ambiente deles", diz Souza. A comunidade de código aberto ou software livre cria programas com a estrutura acessível, que podem ser modificados e distribuídos livremente.
Para Augusto Campos, do site BR-Linux, "o anúncio não é perfeito, mas vai na direção certa: mais desenvolvedores vão poder criar softwares que conversem mais com os aplicativos da Microsoft".
"Mas a empresa não está abrindo seu código, apenas informando padrões de funcionamento e como programas de outras empresas podem usar recursos do sistema operacional Windows e de softwares da Microsoft", disse Campos.
Especialistas vêem na ação da Microsoft uma reação a pressão de outros desenvolvedores e usuários de aplicações em código aberto. "O software livre amadureceu, não é visto como coisa de universitários. A IBM, o Google, a Sun e, recentemente, a Apple, por exemplo, foram nessa direção. Quem não fizer isso perderá mercado", diz Odemir Bruno, livre-docente de computação da USP.


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