São Paulo, quarta-feira, 22 de maio de 2002

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MERCADO FINANCEIRO

Bolsa sobe 0,26% e movimenta apenas R$ 392,18 mi; dólar fecha praticamente estável, a R$ 2,482

Espera por Copom diminui negociações

DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado financeiro teve mais um dia de poucos negócios ontem. Às vésperas da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, os investidores preferem não fazer apostas e mantêm suas posições. Câmbio e ações tiveram variações mínimas ontem.
A maioria dos analistas espera que, no início da tarde de hoje, a autoridade monetária anuncie que a Selic (taxa básica de juros brasileira) permanecerá em 18,5% ao ano por mais um mês. Se isso se confirmar, o mercado deverá ter mais um dia de tranquilidade.
Porém ainda há aqueles que acreditam que as taxas poderão ser reduzidas em 0,25 ponto percentual. Se a decisão for essa, poderá haver pequena euforia nas mesas de negociações.
"Uma redução pequena como essa não terá grande efeito na economia", afirma Helio Osaki, analista da Finambras. "Ao mesmo tempo, é um sinal extremamente positivo, psicologicamente falando, para o mercado."
O dólar encerrou o dia ontem valendo R$ 2,482, com leve queda de 0,04%.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os juros no curto prazo tiveram pequenas variações. Os contratos para janeiro, que concentram o maior número de negociações, encerraram o dia projetando taxa de 18,84%, contra 18,80% do fechamento de segunda-feira.
A Bolsa de Valores de São Paulo subiu 0,26% ontem. O giro financeiro continuou fraco -o pregão movimentou R$ 392,176 milhões. O papel ordinário da Embratel liderou as altas do Ibovespa ontem. Ao fim do dia, subiu 5,6%. A ação preferencial registrou alta de 3,5%. A Embratel se recupera um pouco das fortes perdas da semana passada, que refletiram as dificuldades enfrentadas pela sua controladora, a WorldCom. A companhia dos EUA deixou de fazer parte do S&P 500.
Teve pouca repercussão a pesquisa divulgada pelo Ibope, que confirma o crescimento do pré-candidato da oposição, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nas pesquisas de intenção de voto para as eleições deste ano.
Os C-Bonds, títulos da dívida externa brasileira, tiveram pequena oscilação ontem e encerraram o dia em baixa de 0,4%.
(ANA PAULA RAGAZZI)


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