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Suez diz que apresentou à Aneel mudança em hidrelétrica
Agência nega que já tenha
avalizado alterações em projeto
MARTA SALOMON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Aneel (Agência Nacional de
Energia Elétrica) receberá na
próxima terça-feira detalhes
das mudanças no projeto da hidrelétrica de Jirau, que permitiram ao consórcio liderado pela multinacional Suez vencer o
leilão para construir e operar a
segunda usina do complexo do
rio Madeira, em Rondônia. A
indefinição pode se estender
até 23 de julho, data prevista
para a homologação da vitória
do consórcio Energia Sustentável do Brasil.
O edital do leilão afirma que
"eventuais alterações" no projeto de construção de Jirau dependerão de "prévia anuência"
da agência reguladora. A Aneel,
no entanto, nega que tenha
avalizado o deslocamento da
hidrelétrica por um trecho de
9,2 quilômetros no rio Madeira, de Jirau para a cachoeira
Caldeirão do Inferno, assim como o aumento do tamanho do
reservatório da usina.
As linhas gerais da mudança
foram apresentadas durante a
entrevista coletiva realizada
após o leilão, na última segunda, na sede da Aneel. Na ocasião, representantes do consórcio vencedor apresentaram filme e disseram que, além de diminuir o custo de construção
da usina e permitir a antecipação dos prazos de geração de
energia, as mudanças reduziriam o impacto ambiental da
obra.
O presidente da Aneel, Jerson Kelmann, e o ministro Edison Lobão (Minas e Energia)
participaram dessa entrevista.
Anteontem, o presidente da
Suez Energy no Brasil, Maurício Bähr, referiu-se a essa apresentação como um primeiro
pedido à Aneel de autorização
das mudanças. "A Aneel terá de
dar sua permissão e essa autorização já foi solicitada, extra-oficialmente na conferência de
imprensa e também de modo
extra-oficial hoje [anteontem],
mas isso já foi feito e é comum e
não deve ser nenhum problema", disse o executivo da Suez.
O consórcio liderado pela
empreiteira Norberto Odebrecht aguarda manifestação
da Aneel para decidir se irá recorrer do resultado do leilão de
Jirau. O consórcio Jirau Energia questiona a ausência de comunicado sobre o suposto aval
"prévio" da Aneel à mudança
no projeto, o que teria comprometido a "transparência" do
leilão. "Não se trata de choro de
perdedor", disse Irineu Meireles, representante do consórcio
derrotado.
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