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DESPERTAR DO DRAGÃO
Índice vai a 1,50%, ante 1,24% no mês anterior; analistas esperam corte nos juros só em agosto
IGP-10 confirma preços em alta em junho
DA FOLHA ONLINE, NO RIO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Mais um índice confirmou a
aceleração da inflação em junho.
Dessa vez, o IGP-10 (Índice Geral
de Preços-10), que tem 60% do
seu peso baseado no atacado,
apurou inflação de 1,50%, segundo a FGV (Fundação Getúlio Vargas). Em maio, a alta do IGP-10
havia sido de 1,24%.
O índice revela a alta dos preços
tanto no atacado como no varejo,
o que demonstra aumento do repasse da inflação.
O IPA (Índice de Preços por
Atacado), que representa 60% do
índice geral, registrou alta de
1,77% em junho, após subir 1,62%
em maio. No varejo, o IPC (Índice
de Preços ao Consumidor), com
peso de 30%, apresentou alta de
0,72%, depois de subir 0,44% no
mês anterior.
O INCC (Índice Nacional de
Custo da Construção) registrou
alta de 1,69% em junho, contra
0,70% em maio.
Juros
O Banco Central só deve voltar
a promover cortes nos juros em
agosto, segundo projeção feita
por analistas de mercado consultados pela própria instituição. A
cada semana, o levantamento
mostra que é cada vez menor a velocidade esperada para a redução
da Selic (taxa básica), hoje em
16% ao ano.
Na semana passada, o BC já havia anunciado que os juros permanecerão inalterados até o mês
que vem. Segundo a pesquisa, são
esperados quatro cortes até o final
do ano, todos de 0,25 ponto: em
agosto, setembro, outubro e dezembro. Dessa forma, a taxa encerraria 2004 em 15% ao ano.
Em janeiro, o mesmo levantamento feito pelo BC mostrava que
a expectativa do mercado era a de
que os juros fossem cair para
13,5% ao ano até dezembro.
Os analistas consultados também elevaram, pela sexta semana
seguida, suas estimativas para a
inflação esperada para este ano. A
alta do IPCA (Índice de Preços ao
Consumidor Amplo), segundo a
pesquisa, deve ficar em 6,79% -a
meta do governo foi fixada em
5,5%, mas admite variação de até
2,5 pontos percentuais acima disso. Ou seja, pode chegar a 8%.
Também houve mudanças nas
projeções referentes às contas externas do país. O saldo positivo
esperado nas transações correntes -que incluem todas as negociações de bens e serviços com o
exterior-, que há um mês era de
US$ 2,4 bilhões, passou para US$
3,5 bilhões na nova pesquisa.
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