São Paulo, quarta-feira, 22 de junho de 2005

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OPERAÇÃO CEVADA

Diretores podem ser soltos na sexta-feira

Fábrica da Schincariol tem queda no nível de produção, diz sindicato

ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Sindicalistas que representam os trabalhadores do grupo Schincariol informaram ontem que houve queda no nível de produção de uma das fábricas da empresa, em Itu (SP).
Parte dos trabalhadores -cerca de 800 dos 2.700- ficou ociosa. Falta de insumos pode explicar essa redução. Mas ainda há aí uma ociosidade natural do período. Não há risco de falta de produtos nas gôndolas ou de uma parada definitiva da fábrica.
A Justiça negou ontem o pedido de soltura antecipada dos nove diretores do grupo, presos desde a quarta-feira passada. Mas eles devem ser soltos na sexta-feira, quando o período de prisão temporária vence, e voltam a trabalhar normalmente na segunda-feira. Portanto, ao retornarem ao trabalho, a operação fabril tende a se regularizar.
A propalada "crise" na unidade de Itu, como informa o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Bebidas e de Alimentação da Região de Campinas, envolve, na prática, dois fatores: a) a queda na demanda por cervejas no mercado, que reduziu o ritmo de produção do setor em geral, inclusive da Schin -que perdeu participação de mercado neste ano; b) uma estratégia jurídica que pressiona pela libertação dos presos, apurou a Folha.
Isso não quer dizer que a fábrica não tenha de postergar pagamento de fornecedores, o que afetou a produção. No entanto, até o momento elas são localizadas. A unidade de Alagoinhas (BA) e Caxias (MA) operam de forma normal, como informaram as unidades ontem. (AM)


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