São Paulo, quinta-feira, 22 de junho de 2006

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Japão volta a importar carne bovina dos EUA

País asiático vai realizar vistorias em unidades de embalagem do produto

Suspensão da compra da carne havia ocorrido devido a problemas nas inspeções sanitárias feitas pelos norte-americanos


DA BLOOMBERG

O Japão vai retomar as importações de carne bovina dos EUA, seis meses depois de ter voltado a impor um embargo sobre o produto, movido por preocupações relativas aos métodos norte-americanos de inspeção sanitária de produtos de origem animal.
Negociadores norte-americanos e japoneses concluíram dois dias de negociações por videoconferência selando um acordo sobre como as inspeções serão realizadas, segundo comunicado da Embaixada dos EUA em Tóquio.
O Japão vai enviar três equipes aos EUA no sábado para inspecionar 35 unidades norte-americanas de embalagem de carne bovina credenciadas para exportar o produto. O Departamento de Agricultura dos EUA vai realizar vistorias-surpresa nas unidades uma vez ao ano.
O Japão suspendeu as importações de carne bovina norte-americana em 20 de janeiro, poucas semanas após ter abolido um embargo de dois anos.
Antes da primeira proibição, o Japão era o maior comprador de carne bovina dos EUA, ao adquirir US$ 1,4 bilhão de um total de US$ 3,8 bilhões exportados pelo país em 2003.
""Instituímos várias mudanças no nosso sistema, respondemos a todas as questões formuladas pelo Japão, e fornecemos ao país muitas garantias factuais e científicas de que a carne bovina dos EUA é segura", disse o secretário de Agricultura dos EUA, Mike Johanns, que qualificou as inspeções japonesas de ""medida definitiva".
Os EUA vêm pagando caro pela ocorrência de vaca louca em seu território devido ao fechamento dos melhores e mais remuneradores mercados para a carne bovina, como os do Japão, Coréia do Sul e Taiwan.
As exportações de carne do país caíram 86% em 2004 em relação a 2003 -quando ocorreu o primeiro caso da doença. As perdas das indústrias com o fechamento do mercado externo e com a queda dos preços internos foram estimadas em até US$ 4,2 bilhões após a doença.


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