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São Paulo, terça-feira, 22 de julho de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Baixa de Bolsas nos EUA influenciou mercado local; dólar fechou a R$ 2,879, com recuo de 0,35%

Bovespa perde 0,86% à espera do Copom

DA REPORTAGEM LOCAL

O otimismo do mercado em relação ao rumo dos juros no país não foi suficiente para fazer a Bolsa de Valores de São Paulo subir. A Bovespa voltou aos 13.675 pontos e fechou com perdas de 0,86%.
O mau desempenho do mercado acionário norte-americano influenciou negativamente os negócios locais. O Dow Jones, da Bolsa de Nova York, caiu 1%, e a Nasdaq teve desvalorização de 1,59%.
O dólar teve mais um dia de moderada baixa. No fim do dia, a moeda norte-americana foi vendida a R$ 2,879, apresentando um recuo de 0,35%.
Operadores de mesas de câmbio esperam que entrem alguns milhões de dólares no mercado, provenientes das últimas captações fechadas no exterior, até o fim do mês. Com esse movimento, o dólar pode recuar ainda mais, avaliam.
O dólar não tem subido, como era esperado por parte do mercado após as mudanças feitas pelo BC. Uma delas foi a diminuição do percentual de rolagem da dívida pública cambial nos últimos vencimentos, o que resulta em menor volume de títulos com a função de hedge no mercado.
O evento mais importante da semana para o mercado é a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que vai até amanhã e decidirá o rumo dos juros básicos da economia.
Com o Copom confirmando as expectativas e cortando os juros, o mercado de renda variável (como o acionário) deve acabar beneficiado. Reduções de juros tornam aplicações de renda fixa menos atraentes e acabam promovendo migração de recursos.
Na liderança das valorizações no pregão da Bovespa de ontem ficaram as ações com direito a voto (ON) da Sabesp. Os papéis tiveram ganho de 3,1%. Em seguida, ficou o papel ON da Siderúrgica Nacional, que recuperou as perdas da semana passada e subiu 2,5%. Quem mais perdeu ontem foi o papel PN da Ipiranga, que teve baixa de 4,6%.
Os R$ 865,5 milhões movimentados no pregão de ontem foram inflados pelos R$ 285,2 milhões do exercício de opções. No mês passado, o vencimento de opções girou um volume muito superior ao de ontem: R$ 930 milhões.
A baixa de 0,69% dos C-Bonds não impediu que o risco-país voltasse a fechar em queda, aos 729 pontos. Os principais títulos da dívida brasileira fecharam a US$ 0,8963.


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