São Paulo, sábado, 22 de julho de 2006

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Apenas dois acordos comerciais foram assinados em encontro

DOS ENVIADOS A CÓRDOBA

A 30ª Cúpula do Mercosul terminou ontem em Córdoba, na Argentina, com saldo econômico reduzido -apenas dois acordos comerciais assinados, um com Cuba e outro com o Paquistão-, com a promessa de um "novo pacto" com vantagens para os sócios menores e com forte respaldo político à Venezuela.
A declaração final do encontro traz o apoio dos países do bloco à candidatura do país de Hugo Chávez à vaga do continente no Conselho de Segurança da ONU -os EUA já divulgaram que apóiam a Guatemala.
Chávez demonstrou a que veio no bloco: longos discursos, com citações antiamericanas, e uma agenda paralela ao encontro com movimentos sociais para promover seu projeto político no continente.
O Itamaraty diz não se incomodar com a verborragia venezuelana enquanto houver pragmatismo nas relações comerciais e "lealdade" de Chávez na relação com o Brasil e na defesa conjunta de posições nos fóruns internacionais, conforme disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em discurso.
Na sessão semestral de análise do Mercosul, o Brasil prometeu dar respostas concretas e rápidas às assimetrias econômicas. Desta vez, Uruguai e Paraguai deixaram claro que se esgota o tempo para atender suas demandas e garantir a permanência deles no bloco. Os uruguaios querem permissão para negociar acordos bilaterais. Leia-se: impulsionar as tratativas que têm com seu principal comprador, os EUA.
A princípio, a visão brasileira não é de rechaço total à iniciativa, desde que um eventual acordo não signifique o rompimento de pilares do Mercosul, como o respeito à Tarifa Externa Comum.


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