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Apenas dois acordos comerciais foram assinados em encontro
DOS ENVIADOS A CÓRDOBA
A 30ª Cúpula do Mercosul
terminou ontem em Córdoba,
na Argentina, com saldo econômico reduzido -apenas dois
acordos comerciais assinados,
um com Cuba e outro com o Paquistão-, com a promessa de
um "novo pacto" com vantagens para os sócios menores e
com forte respaldo político à
Venezuela.
A declaração final do encontro traz o apoio dos países do
bloco à candidatura do país de
Hugo Chávez à vaga do continente no Conselho de Segurança da ONU -os EUA já divulgaram que apóiam a Guatemala.
Chávez demonstrou a que
veio no bloco: longos discursos,
com citações antiamericanas, e
uma agenda paralela ao encontro com movimentos sociais
para promover seu projeto político no continente.
O Itamaraty diz não se incomodar com a verborragia venezuelana enquanto houver pragmatismo nas relações comerciais e "lealdade" de Chávez na
relação com o Brasil e na defesa
conjunta de posições nos fóruns internacionais, conforme
disse o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva em discurso.
Na sessão semestral de análise do Mercosul, o Brasil prometeu dar respostas concretas e
rápidas às assimetrias econômicas. Desta vez, Uruguai e Paraguai deixaram claro que se
esgota o tempo para atender
suas demandas e garantir a permanência deles no bloco. Os
uruguaios querem permissão
para negociar acordos bilaterais. Leia-se: impulsionar as
tratativas que têm com seu
principal comprador, os EUA.
A princípio, a visão brasileira
não é de rechaço total à iniciativa, desde que um eventual
acordo não signifique o rompimento de pilares do Mercosul,
como o respeito à Tarifa Externa Comum.
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