São Paulo, quarta-feira, 22 de julho de 2009

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Vaivém das commodities

ALESSANDRA KIANEK - alessandra.kianek@grupofolha.com.br

CENÁRIO POSITIVO
Os produtores de arroz do Rio Grande do Sul começam a vislumbrar um cenário mais atraente para a próxima safra. Segundo estudo do Irga, o custo médio de produção para a próxima safra, que começa a ser plantada em setembro, caiu para R$ 28,17 por saca (50 kg). Na safra passada, em novembro, o custo era de R$ 33,07.

COMPETITIVIDADE
Segundo o presidente do Irga, Maurício Fischer, os fatores determinantes para a queda foram o dólar e o custo menor de insumos e de óleo diesel, além da diminuição dos preços de máquinas e equipamentos. "O custo está mais razoável do que no ano passado, o que dá mais competitividade para o agricultor tanto no mercado interno como no externo."

NAVIOS A CAMINHO
As importações brasileiras de adubos e fertilizantes ainda não deslancharam neste ano. Mas, segundo Eduardo Daher, da Anda (Associação Nacional para Difusão de Adubos), as entradas devem se acelerar nos próximos dias. "Navios com mais de 1,1 milhão de toneladas já estão a caminho do Brasil."

NACIONAL X IMPORTADO
De acordo com Daher, esse atraso na importação se deve à volatilidade do câmbio, aos altos estoques de passagem e à falta de crédito. Para ele, essa demora não irá ocasionar desabastecimento. "Os produtores estão privilegiando a compra de produtos nacionais à de importados."

DEFLAÇÃO NO CAMPO
Os preços recebidos pela agropecuária paulista caíram 1,98% na segunda quadrissemana deste mês -é a maior queda desde o início de janeiro, quando os preços recuaram 2,3%-, segundo o IEA.

LARANJA MAIS BARATA
Os produtos de origem vegetal tiveram desvalorização de 3,93%, enquanto os de origem animal subiram 2,86%. Segundo os pesquisadores do IEA, a laranja teve a maior queda de preço (-21%), devido ao efeito safra, associado ao menor consumo no inverno.

AVANÇO EM PARANAGUÁ
O porto de Paranaguá foi responsável por 9,2% das exportações brasileiras no primeiro semestre, ante 7,7% em 2008. Entre os portos do país, o terminal paranaense foi o que teve a menor queda de receita das exportações (-9%). A maior queda, no entanto, foi a do porto do Rio de Janeiro (-37%).

MÁ QUALIDADE
O preço do feijão voltou a cair ontem nas principais praças de negociação, com desvalorização de 4,4%. O principal motivo apontado pelos compradores é a dificuldade de encontrar produto de boa qualidade.


com KARLA DOMINGUES


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