São Paulo, terça-feira, 22 de outubro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

COMÉRCIO EXTERIOR

Na semana, as exportações superaram as importações em US$ 394 mi; em outubro, o saldo é de US$ 1,145 bi

Superávit comercial já supera os US$ 9 bi

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A mais de dois meses do final do ano, o Brasil já acumula um superávit comercial de US$ 9,003 bilhões. As exportações acumuladas desde janeiro até a semana passada somam US$ 47,284 bilhões e as importações, US$ 38,281 bilhões.
A mais recente previsão do governo é que o superávit neste ano fique próximo de US$ 10 bilhões. Em 2003, segundo o Ministério do Desenvolvimento, o saldo positivo poderá ficar entre US$ 12,5 bilhões e US$ 14,5 bilhões.
O bom desempenho deste ano, porém, foi mais influenciado pela queda das importações, que reflete a queda no nível de atividade econômica e a alta do dólar.
Na semana passada, as exportações superaram as importações em US$ 394 milhões. No mês, o superávit comercial é de US$ 1,145 bilhão. O saldo comercial em outubro é resultado tanto da queda de importações, como do aumento das vendas para o exterior.
Segundo os dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, a média diária de vendas para o exterior, até a terceira semana de outubro, é 18,3% a mais que a média de outubro de 2001. Do lado das importações, a média diária de compras caiu 13,4%.
Em outubro, as exportações de produtos básicos (petróleo, soja, fumo, carnes e café em grãos) semi-manufaturados (ferro, celulose, couros e peles) foram as que mais cresceram, respectivamente 39,2% e 34,5% . A exportação de manufaturados cresceu 3,1%.
No ano, a queda das importações é a principal razão para a melhora do saldo comercial. De fato, no mesmo período de 2001 (janeiro à terceira semana de outubro) o Brasil havia exportado US$ 47,432 bilhões, US$ 148 milhões a mais que este ano.
As importações, no entanto, caíram de US$ 46,172 bilhões para US$ 38,281 bilhões. Nesta mesma época, em 2001, o Brasil tinha um superávit comercial de apenas US$ 1,260 bilhão.
A desvalorização do real e a diminuição do ritmo de crescimento econômico são as principais explicações para o bom desempenho do país no comércio exterior.
A desvalorização do real encarece a importação de produtos ao mesmo tempo que barateia as mercadorias vendidas para o exterior. Tem um impacto tanto do lado das importações como das exportações. A queda de crescimento, por sua vez, diminui a demanda e influencia as importações.
A crise mundial também está influenciando as vendas de produtos brasileiros no exterior.


Texto Anterior: Vizinho em crise: Argentina contém fuga de depósitos
Próximo Texto: Mercado agora prevê que inflação estoure o teto da meta para 2003
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.