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TELES
Matriz americana pára de mandar dinheiro à subsidiária
AT&T latino-americana enfrenta crise para financiar US$ 40 mi
DA REDAÇÃO
A AT&T Latin America informou ontem que enfrenta uma escassez de crédito e terá dificuldades para financiar débitos estimados em US$ 40 milhões, com vencimentos que vão do último trimestre deste ano até o final de
2003. A operadora regional de
serviços de telecomunicações foi
afetada pela crise argentina e pela
instabilidade brasileira.
A gigante de telecomunicações
norte-americana AT&T, que
controla 69% da AT&T Latin
America, decidiu não colocar
mais recursos nem financiar a
subsidiária. Com isso, a divisão
para a América Latina terá de
procurar crédito de maneira independente, o que será bastante
difícil nas atuais condições do
mercado financeiro externo.
Desde o começo do ano, as
ações da AT&T Latin America já
perderam 80% de seu valor. A divisão tem operações no Brasil, na
Argentina, no Chile, no Peru e na
Colômbia
Contágio
A AT&T Latin America foi
constituída em 1999, quando o
grupo norte-americano fundiu a
Netstream, sua subsidiária brasileira, com a Firstcom, operadora
que atuava na Colômbia e no Peru. O foco da companhia são
clientes corporativos.
Com a desvalorização do peso
argentino e a queda do real diante
do dólar, a subsidiária começou a
ter sérios problemas de caixa. A
divisão latino-americana pediu
mais recursos para a matriz, que,
na semana passada, decidiu deixar de financiar a filial.
A AT&T já emprestou cerca de
US$ 600 milhões para a subsidiária. Como é deficitária, a AT&T
Latin America está afetando os
balanços da matriz. O grupo afirmou que, apesar dos problemas
de caixa, os serviços não serão
afetados. Empresas multinacionais são os principais clientes da
AT&T na América do Sul.
Com agências internacionais
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