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MERCADO FINANCEIRO
Pela 1ª vez em um mês e meio Bovespa sobe por três pregões seguidos; projeções para juros recuam
Bolsa segue EUA e inicia semana em alta
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa de Valores de São Paulo
fechou em alta ontem pelo terceiro pregão consecutivo, feito que
não emplacava havia um mês e
meio. O Ibovespa, índice que concentra as 55 ações mais negociadas do pregão paulista, encerrou
o dia com valorização de 1,16%, a
9.128 pontos. O volume financeiro foi de R$ 738,815 milhões, dos
quais R$ 238,3 milhões foram por
conta do exercício de vencimento
de opções.
Telemar PN teve o maior volume de negócios -movimentou
R$ 129,641 milhões e fechou em
alta de 1,09%. Em seguida veio Petrobras PN, com R$ 53,402 milhões e alta de 0,64%.
As maiores valorizações do dia
foram lideradas pela Eletropaulo
PN (+6,8%). Em seguida vieram
Telesp Celular PN (+5,5%). Usiminas PNA e Light ON subiram
4,4% cada uma.
As recentes altas da Bovespa,
que subiu 9% nos últimos três
dias, foram impulsionadas pelas
valorizações das Bolsas norte-americanas. A mudança de humor internacional em relação às
ações pelo mundo impulsionou o
mercado doméstico.
Além disso, os investidores passaram a aceitar melhor um eventual governo do PT.
A mudança de expectativas vem
de declarações de integrantes do
partido e da divulgação de documento, elaborado pela Bolsa e pelo PT, que ressalta a importância
do mercado de capitais no desenvolvimento econômico.
Mercado futuro
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), após a tumultuada semana passada, com a inesperada elevação dos juros brasileiros de 18% ao ano para 21% ao
ano, as projeções para os juros futuros voltaram a cair.
Os contratos para janeiro de
2003, os que concentram o maior
número de negócios, passaram de
24,36% para 23,77%.
No prazo mais curto, para novembro, os juros caíram de
21,76% para 21,65%.
Segundo analistas, a pequena
alteração sinaliza que o mercado
avalia que o Copom (Comitê de
Política Monetária) do Banco
Central deixará a Selic inalterada
em sua reunião que começa hoje e
termina amanhã.
"O BC já ajustou os juros à inflação. Não há nenhuma explicação
possível para justificar uma nova
alta", diz Maurício Zanella, do
Lloyds TSB.
(ANA PAULA RAGAZZI)
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