São Paulo, terça-feira, 22 de outubro de 2002

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MERCADO FINANCEIRO

Pela 1ª vez em um mês e meio Bovespa sobe por três pregões seguidos; projeções para juros recuam

Bolsa segue EUA e inicia semana em alta

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em alta ontem pelo terceiro pregão consecutivo, feito que não emplacava havia um mês e meio. O Ibovespa, índice que concentra as 55 ações mais negociadas do pregão paulista, encerrou o dia com valorização de 1,16%, a 9.128 pontos. O volume financeiro foi de R$ 738,815 milhões, dos quais R$ 238,3 milhões foram por conta do exercício de vencimento de opções.
Telemar PN teve o maior volume de negócios -movimentou R$ 129,641 milhões e fechou em alta de 1,09%. Em seguida veio Petrobras PN, com R$ 53,402 milhões e alta de 0,64%.
As maiores valorizações do dia foram lideradas pela Eletropaulo PN (+6,8%). Em seguida vieram Telesp Celular PN (+5,5%). Usiminas PNA e Light ON subiram 4,4% cada uma.
As recentes altas da Bovespa, que subiu 9% nos últimos três dias, foram impulsionadas pelas valorizações das Bolsas norte-americanas. A mudança de humor internacional em relação às ações pelo mundo impulsionou o mercado doméstico.
Além disso, os investidores passaram a aceitar melhor um eventual governo do PT.
A mudança de expectativas vem de declarações de integrantes do partido e da divulgação de documento, elaborado pela Bolsa e pelo PT, que ressalta a importância do mercado de capitais no desenvolvimento econômico.

Mercado futuro
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), após a tumultuada semana passada, com a inesperada elevação dos juros brasileiros de 18% ao ano para 21% ao ano, as projeções para os juros futuros voltaram a cair.
Os contratos para janeiro de 2003, os que concentram o maior número de negócios, passaram de 24,36% para 23,77%.
No prazo mais curto, para novembro, os juros caíram de 21,76% para 21,65%.
Segundo analistas, a pequena alteração sinaliza que o mercado avalia que o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central deixará a Selic inalterada em sua reunião que começa hoje e termina amanhã.
"O BC já ajustou os juros à inflação. Não há nenhuma explicação possível para justificar uma nova alta", diz Maurício Zanella, do Lloyds TSB. (ANA PAULA RAGAZZI)


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