São Paulo, sexta-feira, 22 de novembro de 2002

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MERCADO FINANCEIRO

Mais uma vez, compra de empresas impede que moeda feche abaixo de R$ 3,50; Bovespa sobe 2%

Dólar oscila forte e fecha em alta de 0,28%

DA REPORTAGEM LOCAL

Em um dia considerado tranquilo, o dólar fechou com uma ligeira alta de 0,28% e encerrou o dia cotado a R$ 3,525. No mercado de câmbio, nenhuma notícia foi capaz de delinear uma tendência que se mantivesse durante o dia. A moeda norte-americana operou com bastante volatilidade e chegou a ser vendida a R$ 3,488.
Mais uma vez a compra de dólares por empresas não deixou a cotação fechar abaixo de R$ 3,50. Segundo operadores, para que isso aconteça é necessário que haja maior fluxo no mercado, pois atualmente a descida não consegue se sustentar devido a demanda interna pela moeda.
A Bolsa de Valores de São Paulo subiu 2% e fechou aos 10.289 pontos. O volume financeiro total foi de R$ 587,5 milhões.
O principal motivo para a alta da Bolsa foi o desempenho favorável do mercado internacional e o discurso bem recebido do economista Guido Mantega, que indicou que a reforma do sistema previdenciário será uma das prioridades do próximo governo.
Nos Estados Unidos, foram divulgados indicadores econômicos com resultado acima do esperado. Isso, mais o fato de a Hewlett-Packard (HP) ter divulgado um balanço trimestral também acima das expectativas, animou as Bolsas norte-americanas.
A Nasdaq (Bolsa de ações de alta tecnologia) fechou com alta de 3,39%, e o índice Dow Jones da Bolsa de Nova York subiu 2,58%.
As três maiores altas do Ibovespa foram do setor de telecomunicações: Brasil Telecom Participações PN (6,3%), Tele Centro Oeste PN (6%) e Embratel PN (4,6%).
Os rumores de que o novo presidente da WorldCom -controladora da Embratel- assumiu com o objetivo de vender ativos para abater as dívidas fizeram o mercado se animar com as ações preferenciais da Embratel.
Além disso, para Gustavo Alcântara, analista do banco Prosper, as empresas de telefonia têm demonstrado resultados operacionais considerados muito bons pelos investidores.
Os resultados negativos ficaram com o setor de energia. As maiores baixas foram AES Elpa ON (11,7%), Light ON (4%) e Cemig ON (3,3%). "É um setor que está mais complicado no momento, porque tem dívidas em dólares e precisa de uma nova regulamentação", disse Alcântara.
(GEORGIA CARAPETKOV)


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