São Paulo, domingo, 22 de dezembro de 2002

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iG não comenta contrato nem modelo de negócio

DA SUCURSAL DO RIO

O iG informou que não daria declarações sobre seu contrato com a Telemar, nem sobre seu modelo de negócios. A declaração do presidente da empresa, Matinas Suzuki Jr., foi repassada à Folha pela Máquina de Notícias, que dá assessoria de imprensa ao iG.
Em recente editorial veiculado pelo portal, Suzuki Jr. defendeu a preservação do acesso gratuito à internet. Disse que ele propiciou avanços na inclusão digital e que é usado por 53% dos internautas brasileiros.
Segundo o executivo, ONGs (organizações não-governamentais), escolas, hospitais, serviços públicos e pequenas e médias empresas fazem uso do acesso gratuito, o que, na avaliação dele, propicia a democratização da internet.
O editorial critica a proposta do novo regulamento do uso das redes de telecomunicações para o acesso à internet, que foi colocado em discussão pública pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
A consulta pública está em curso e, segundo a agência, há divergências de opinião em relação à remuneração do tráfego telefônico gerado pela internet.
A regulamentação atual trata o tráfego da internet da mesma forma que o tráfego de voz. As teles querem que tenha tratamento diferenciado e que não entre no cálculo de remuneração de uso das redes. A mudança inviabilizaria a divisão de receita entre teles e provedores de acesso gratuito.
Para Suzuki Jr. a consulta pública da Anatel está "na contramão da história" e coloca o Brasil "na zona de risco de um retrocesso na inclusão digital".
O editorial diz que o texto que está em consulta pública, da forma como está redigido, dá margem para estancar o crescimento da internet grátis no país.
Suzuki Jr. referiu-se à mudança na regulamentação como "uma virada de mesa que ameaça acabar com o provimento de acesso gratuito" que, na visão dele, irá comprometer o futuro do país.


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