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No exterior, plano é visto com cautela
SÉRGIO DÁVILA
DE WASHINGTON
MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DE LONDRES
Cautela foi a palavra de ordem na reação ao pacote econômico anunciado ontem.
Num relatório destinado a
investidores, o Merrill Lynch
recomenda "ceticismo" na
avaliação das medidas.
"Todo o aumento em investimentos deve ser visto
como positivo, obviamente,
pois esse tem sido o ponto
fraco da economia brasileira", disse à Folha James Barrineau, da Alliance Capital
Management. "Mas ainda
não está claro se essas medidas ajudarão a elevar o crescimento do país em 2007."
Segundo o economista-chefe para a América Latina,
ficou faltando a reforma tributária. "Nós gostaríamos de
ter visto medidas mais explícitas nessa área."
Para Jairo Saddi, professor da Universidade de Oxford, no Reino Unido, o PAC
não é uma agenda para o
crescimento e faltou detalhamento das medidas.
"Parece que o governo
quis dar uma satisfação aos
críticos que diziam que não
havia uma agenda e acha que
uma lista de ações faz esse
papel. Mas não faz, agenda é
algo maior, mais sistêmico."
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