|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PAC/INFRA-ESTRUTURA
Governo espera baratear energia elétrica
Desoneração fiscal, combinada com medidas de facilitação do acesso ao crédito, pode reduzir o preço em pelo menos 20%
Prazo de financiamento do
BNDES aumenta de 14 para
20 anos; valor total a ser
financiado subiu de uma
média de 60% para 80%
HUMBERTO MEDINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo estima que as medidas do PAC na área de desoneração fiscal, combinadas
com medidas de facilitação do
acesso ao crédito, poderão reduzir o preço da energia gerada
pelas novas usinas em pelo menos 20%.
"O custo da energia vai ser reduzido, com a mesma rentabilidade para o investidor", disse o
ministro Silas Rondeau (Minas
e Energia).
O custo menor da energia gerada pelos novas usinas não significa, necessariamente, redução de tarifas finais para o consumidor, e sim um aumento
potencialmente menor.
Na área de geração e transmissão de energia e produção
de combustíveis, o PAC não inclui obras novas -todos os empreendimentos estão previstos
ou no Plano Decenal elaborado
pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética, estatal) ou nos
planos de investimento da Petrobras e Eletrobrás.
De acordo com o ministro de
Minas e Energia, o plano prevê
aceleração dos investimentos.
"Aquilo que elas [Petrobras e
Eletrobrás] teriam que fazer
hoje, vão fazer de forma diferente, para acelerar o processo", disse.
Regras
Os principais benefícios do
plano estão nas condições de
acesso dos empreendedores ao
financiamento do BNDES. O
prazo máximo do financiamento aumentou de 14 para 20
anos, o total a ser financiado
subiu de uma média de 60% do
valor total para 80% e a carência aumentou de seis para 12
meses.
Além disso, a necessidade de
geração de recursos que os empreendedores precisavam
comprovar com o projeto diminuiu (de 1,3 para 1,2 do valor do
projeto).
Precisando comprovar geração de receita menor, o empreendedor pode propor tarifas
mais baratas no leilão, sem alterar a taxa de retorno do investimento.
Investimentos
O PAC prevê investimentos
de R$ 274,8 bilhões até 2010 e
de R$ 189,2 entre 2010 e 2015
na área de energia e combustíveis. Dos investimentos previstos até 2010, as estatais Petrobras e Eletrobrás devem arcar
com aproximadamente R$ 183
bilhões.
Na área de petróleo, gás natural e combustíveis renováveis, estão previstos investimentos de R$ 196,4 bilhões até
2010. Desse total, a Petrobras
deve investir R$ 171,7 bilhões
(sendo R$ 148,7 bilhões sozinha e R$ 23 bilhões em parcerias).
A Eletrobrás, encarregada
dos investimentos estatais na
área de energia, teve dificuldade em estimar seus números.
Nos últimos anos, a estatal têm
investido R$ 5 bilhões por ano.
Após muita insistência de
jornalistas, o ministro Rondeau
estimou em aproximadamente
R$ 11,5 bilhões os investimentos da estatal até 2010, em um
total de R$ 78,4 bilhões.
Fundo
Faz parte do PAC a criação de
um fundo de investimentos em
infra-estrutura, que captaria
recursos para serem investidos
em projetos nessa área - como
rodovias, hidrovias, hidrelétricas e outros.
Esse fundo teria isenção de
Imposto de Renda, como forma
de atrair investidores.
Texto Anterior: Convidados cochilam e deixam Planalto antes do fim da apresentação Próximo Texto: Transportes anuncia obras já previstas Índice
|