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COMÉRCIO
Fiesp pressiona embaixador dos EUA sobre subsídios
SAMY ADGHIRNI
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente da Fiesp,
Paulo Skaf, aproveitou ontem a primeira visita oficial
do novo embaixador americano no Brasil, Thomas
Shannon, à entidade para
apresentar propostas que
evitem o acirramento das
tensões comerciais.
No encontro na sede da
Fiesp, em São Paulo, Skaf e
Shannon trataram principalmente da disputa -iniciada
em 2001 e na qual a OMC
deu razão ao Brasil- dos
US$ 3 bilhões anuais de subsídios do governo dos EUA a
produtores de algodão.
"Nós ganhamos, e é importante que haja um respeito
em relação a decisões como
essas", disse Skaf a jornalistas, citando o veredicto da
OMC emitido em agosto, que
autoriza o Brasil a aplicar retaliações em até US$ 830 milhões para dificultar o acesso
de produtos americanos ao
mercado interno brasileiro.
Deixando claro que falava
em nome da Fiesp, e não do
governo, Skaf disse que há
disposição por parte do Brasil em esperar a próxima
grande mudança das prioridades do Farm Bill (o orçamento para o setor agrícola
dos EUA), em 2012, desde
que haja "compensações" à
lavoura brasileira em geral.
Entre as ideias, estão a
criação de um fundo americano de apoio à cotonicultura brasileira e incentivos tecnológicos e de combate a pragas. Questionado sobre a
disputa, Shannon deu resposta evasiva, mas mostrou
otimismo. "Não posso entrar
em detalhes neste momento,
mas é uma situação em que
há boas possibilidades de encontrarmos a solução."
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