São Paulo, terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

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COMÉRCIO

Fiesp pressiona embaixador dos EUA sobre subsídios

SAMY ADGHIRNI
DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, aproveitou ontem a primeira visita oficial do novo embaixador americano no Brasil, Thomas Shannon, à entidade para apresentar propostas que evitem o acirramento das tensões comerciais.
No encontro na sede da Fiesp, em São Paulo, Skaf e Shannon trataram principalmente da disputa -iniciada em 2001 e na qual a OMC deu razão ao Brasil- dos US$ 3 bilhões anuais de subsídios do governo dos EUA a produtores de algodão.
"Nós ganhamos, e é importante que haja um respeito em relação a decisões como essas", disse Skaf a jornalistas, citando o veredicto da OMC emitido em agosto, que autoriza o Brasil a aplicar retaliações em até US$ 830 milhões para dificultar o acesso de produtos americanos ao mercado interno brasileiro.
Deixando claro que falava em nome da Fiesp, e não do governo, Skaf disse que há disposição por parte do Brasil em esperar a próxima grande mudança das prioridades do Farm Bill (o orçamento para o setor agrícola dos EUA), em 2012, desde que haja "compensações" à lavoura brasileira em geral.
Entre as ideias, estão a criação de um fundo americano de apoio à cotonicultura brasileira e incentivos tecnológicos e de combate a pragas. Questionado sobre a disputa, Shannon deu resposta evasiva, mas mostrou otimismo. "Não posso entrar em detalhes neste momento, mas é uma situação em que há boas possibilidades de encontrarmos a solução."


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