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PESQUISA IBGE
Indústria reduz ritmo de queda na produção
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
Pesquisa do IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística) revela que oito das 12 regiões
analisadas tiveram queda na produção industrial em janeiro em
comparação com o mesmo mês
do ano anterior. O resultado, à
primeira vista, parece negativo,
diz o IBGE, mas é melhor do que o
de dezembro. Naquele mês, houve queda na produção de 11 áreas.
Apenas uma se expandiu.
Nove das 12 áreas, segundo o
IBGE, melhoraram o ritmo de
produção em janeiro -ou reduziram a queda ou aumentaram a
taxa de crescimento. A produção
de quatro Estados cresceu em janeiro: Espírito Santo (6,4%), Rio
de Janeiro (3,9%), Bahia (4,4%) e
Rio Grande do Sul (1,1%).
No caso do Rio, o aumento
ocorreu por causa do crescimento
da extração de petróleo e gás, que
vem batendo sucessivos recordes.
A atividade subiu 11,4%.
Na Bahia, foi a indústria química (incluindo o refino de derivados de petróleo) a responsável pelo crescimento: a produção do ramo aumentou 13,1% em janeiro.
Espírito Santo e Rio Grande do
Sul foram beneficiados pelas exportações. No primeiro, o ramo
de papel e celulose (32,5%) e as
placas de aço (alvo de restrição
comercial pelos EUA e que puxou
a alta de 3% da metalurgia) fizeram a produção crescer.
No Rio Grande do Sul, a produção de aves abatidas, voltada para
a exportação, justifica o aumento
do setor de alimentos (9,7%).
Em São Paulo, houve queda de
1,7% -menor do que a registrada em dezembro (-7,2%) ante
igual mês de 2001. O movimento
de diminuição do ritmo de queda
no Estado foi repetido na média
nacional: em dezembro, como já
havia divulgado o IBGE, a produção teve retração de 6,7%, contra
queda de 1,3% em janeiro.
Melhorou o nível de produção
em São Paulo dos setores de material elétrico e de comunicação,
material de transporte (que inclui
as montadoras), química e vestuário e calçados.
Mariana Rebouças, economista
do Departamento de Indústria do
IBGE, afirmou que a produção
ainda registrou redução em oito
regiões, pois a base de comparação (janeiro de 2001) é muito elevada. À época, diz, a atividade do
setor estava entre as maiores da
história. O IBGE não pesquisa a
taxa que desconsidera as influências sazonais por região. O indicador, na média nacional, havia
mostrado uma recuperação na
atividade industrial.
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