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INFRA-ESTRUTURA
Para executivo, problema maior é nos portos
Demanda causa "apagão logístico" no país, afirma presidente da Vale
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
O presidente da Vale do Rio Doce, Roger Agnelli, disse ontem que
há "um apagão logístico" no país,
provocado pela forte demanda
mundial por commodities. "Já está faltando capacidade de transporte no país. O gargalo principal
é no sistema portuário", afirmou.
Clientes dos serviços de logística da empresa, especialmente os
que buscam os serviços da Vale
para vender no mercado spot (de
oportunidade, sem contratos firmes de longo prazo), estão tendo
seus pedidos de fretes tanto ferroviários como portuários recusados. Os produtos mais afetados
são soja, minério e ferro-gusa.
Agnelli disse que os terminais
portuários da Vale no Espírito
Santo e no Maranhão têm sempre
uma fila de espera superior a 20
embarcações. Por causa da demora, a companhia teve de pagar R$
80 milhões em multas em 2004.
Investimento em Carajás
Empolgado com a forte demanda mundial por minério de ferro,
Agnelli anunciou que a Vale do
Rio Doce investirá US$ 500 milhões para aumentar a produção
de suas reservas em Carajás (Pará) -dos atuais 70 milhões de toneladas ao ano para 100 milhões.
A Vale obteve, em 2004, lucro
recorde de R$ 6,460 bilhões
-43,3% a mais do que os R$
4,509 bilhões de 2003. O resultado
só foi inferior ao da Petrobras.
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