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Criticada, agência
de aviação se
diz "eclética"
DA REPORTAGEM LOCAL
O recém-empossado diretor-presidente da Anac (Agência
Nacional de Aviação Civil),
Milton Zuanazzi, rebateu ontem as críticas do setor aéreo ao
perfil da diretoria da entidade
-a maior parte dos nomes
que a compõe é formada de indicações políticas, sem experiência em aviação civil- ao
afirmar que "esse ecletismo",
como classificou, é exatamente
o melhor ponto da agência.
"São novos tempos e novas
necessidades. Estamos entrando em uma nova era, uma era
de concorrência", disse. No Fórum Panrotas Tendências do
Turismo, ao falar a uma platéia
de representantes do setor do
turismo e presidentes de aéreas, pediu mais transparência
nas críticas -muitas são veladas por temor de represálias.
Ele defendeu a atuação de aéreas estrangeiras em rotas que
não sejam viáveis para as brasileiras. "Às vezes não é viável
para uma companhia brasileira
fazer Nordeste/Europa. Mas, se
a companhia brasileira pode
fazer a operação, é a ela que se
deve dar prioridade."
Ele disse ainda que a agência
já se reuniu com a ANP (Agência Nacional do Petróleo) para
ver a possibilidade de os reajustes do querosene de aviação serem feitos com base em um índice diferente do atual, menos
sujeito aos choques externos.
Sobre tarifas, Zuanazzi afirmou que a Anac tentará chegar
a um cálculo do limite de tarifas, para cima ou para baixo, no
qual as companhias poderão
operar para não haver "liberalidade tarifária". "Queremos
chegar a um padrão nesse sentido", declarou.
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