São Paulo, quinta-feira, 23 de março de 2006

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Criticada, agência de aviação se diz "eclética"

DA REPORTAGEM LOCAL

O recém-empossado diretor-presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Milton Zuanazzi, rebateu ontem as críticas do setor aéreo ao perfil da diretoria da entidade -a maior parte dos nomes que a compõe é formada de indicações políticas, sem experiência em aviação civil- ao afirmar que "esse ecletismo", como classificou, é exatamente o melhor ponto da agência.
"São novos tempos e novas necessidades. Estamos entrando em uma nova era, uma era de concorrência", disse. No Fórum Panrotas Tendências do Turismo, ao falar a uma platéia de representantes do setor do turismo e presidentes de aéreas, pediu mais transparência nas críticas -muitas são veladas por temor de represálias.
Ele defendeu a atuação de aéreas estrangeiras em rotas que não sejam viáveis para as brasileiras. "Às vezes não é viável para uma companhia brasileira fazer Nordeste/Europa. Mas, se a companhia brasileira pode fazer a operação, é a ela que se deve dar prioridade."
Ele disse ainda que a agência já se reuniu com a ANP (Agência Nacional do Petróleo) para ver a possibilidade de os reajustes do querosene de aviação serem feitos com base em um índice diferente do atual, menos sujeito aos choques externos.
Sobre tarifas, Zuanazzi afirmou que a Anac tentará chegar a um cálculo do limite de tarifas, para cima ou para baixo, no qual as companhias poderão operar para não haver "liberalidade tarifária". "Queremos chegar a um padrão nesse sentido", declarou.


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