São Paulo, segunda-feira, 23 de março de 2009

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"Príncipe das Trevas" foi vital na Terceira Via

DE LONDRES

Peter Mandelson está no centro das decisões em Londres há quase 20 anos, desde o início dos anos 1990, quando foi um dos principais articuladores da reforma do Partido Trabalhista britânico que levou à ascensão de Tony Blair ao poder.
Chamado por parte da imprensa britânica de "Príncipe das Trevas" por sua capacidade de ser implacável e habilidade em lidar com a mídia, foi um dos ideólogos e principais defensores da "Terceira Via", a busca de uma alternativa entre o liberalismo puro e duro e as tendências estatizantes tradicionais da social-democracia.
Depois de uma série de escândalos menores no governo Blair (1997-2007), Mandelson saiu para se tornar comissário europeu do comércio, onde foi o principal negociador da União Europeia na Rodada Doha da OMC. Seus embates com o chanceler brasileiro, Celso Amorim, na tentativa de destravar a rodada de liberalização do comércio global se tornaram célebres.
No final de 2008, foi chamado pelo premiê britânico, Gordon Brown, para voltar ao governo, apesar do longo histórico de desavenças entre os dois. Num exemplo de sua acidez, conta o anedotário trabalhista que uma vez Brown pediu uma moeda para ligar a um amigo, e Mandelson ofereceu duas: para ele ligar para todos de uma vez.
Como não estava na Câmara dos Comuns (deputados) e é preciso ser membro do Parlamento para integrar o ministério, Mandelson foi transformado em Lorde Mandelson, um título vitalício que o coloca na Câmara dos Lordes, a Câmara Alta do Parlamento britânico. (PDL)


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