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"Príncipe das Trevas" foi vital na Terceira Via
DE LONDRES
Peter Mandelson está no
centro das decisões em Londres há quase 20 anos, desde
o início dos anos 1990, quando foi um dos principais articuladores da reforma do Partido Trabalhista britânico
que levou à ascensão de Tony
Blair ao poder.
Chamado por parte da imprensa britânica de "Príncipe
das Trevas" por sua capacidade de ser implacável e habilidade em lidar com a mídia, foi
um dos ideólogos e principais
defensores da "Terceira Via",
a busca de uma alternativa
entre o liberalismo puro e duro e as tendências estatizantes tradicionais da social-democracia.
Depois de uma série de escândalos menores no governo Blair (1997-2007), Mandelson saiu para se tornar comissário europeu do comércio, onde foi o principal negociador da União Europeia
na Rodada Doha da OMC.
Seus embates com o chanceler brasileiro, Celso Amorim,
na tentativa de destravar a
rodada de liberalização do
comércio global se tornaram
célebres.
No final de 2008, foi chamado pelo premiê britânico,
Gordon Brown, para voltar ao
governo, apesar do longo histórico de desavenças entre os
dois. Num exemplo de sua
acidez, conta o anedotário
trabalhista que uma vez
Brown pediu uma moeda para ligar a um amigo, e Mandelson ofereceu duas: para ele
ligar para todos de uma vez.
Como não estava na Câmara dos Comuns (deputados) e é preciso ser membro
do Parlamento para integrar
o ministério, Mandelson foi
transformado em Lorde
Mandelson, um título vitalício que o coloca na Câmara
dos Lordes, a Câmara Alta do
Parlamento britânico.
(PDL)
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