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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Cresce risco em Belo Monte, diz Alstom
Marco Costa, vice-presidente da divisão de energia da Alstom Brasil, disse ontem que o
risco de um fracasso do leilão
da Usina Hidrelétrica de Belo
Monte, no rio Xingu (PA), passou a "ser importante" depois
da publicação do edital.
Candidata a fornecedora de
turbinas, a Alstom ouviu dos
consórcios ao menos dois problemas: o custo da transmissão
da energia já está incluído no
preço-teto definido para o leilão de R$ 83, o que reduz ainda
mais o valor da tarifa por megawatt-hora; além disso, a modelagem mantém o chamado risco do submercado, aquele em
que a empresa contratante da
energia fica responsável por
pagar a diferença de preço, caso
o custo da energia no submercado Norte seja maior do que a
do submercado do Sudeste.
Como a maior parte dos
grandes consumidores está
nessa região, empresários consideram que é um risco elevado
adquirir essa energia.
"O governo fechou a porta
para o mercado livre; era o consumidor que poderia ajudar a
dar o equilíbrio entre a tarifa
para o mercado cativo [formado pelas distribuidoras] e o
mercado dos grandes consumidores, como ocorreu nas usinas
do rio Madeira", explica Costa.
Em Belo Monte, o governo
reservou 10% da energia para o
mercado livre, mas a associação
emitiu comunicado na sexta-feira em que afirma ser, no
atual formato, impossível contratar a energia de Belo Monte.
Isso quebra uma parte da equação para viabilizar a participação privada.
A avaliação, disse Costa, é a
de que o edital não assegura
nem a investidores nem a fornecedores o retorno mínimo
exigido. Choradeira? Costa assegura que não. E acrescenta
que, nos bastidores, interessados no projeto ainda tentam
um recuo do governo, com a
publicação de aditivos, a fim de
flexibilizar condições do edital.
MULHERES À OBRA
Juan Quirós, presidente do Grupo Advento, testou. Colocou lado a lado azulejos assentados por mulheres e por
homens. Sem saber quem tinha feito o trabalho, diretores foram unânimes em apontar o serviço elaborado por
mãos femininas como o de melhor qualidade. "Elas são
mais caprichosas e têm mais foco no trabalho", diz o empresário, que quer mais mulheres nas obras. Mesmo assim, é grande a resistência nas construtoras à mudança.
"Nunca encontravam boas candidatas. Tive de selecionar
pessoalmente alguém para o departamento de compras",
lembra. No escritório central, o contingente feminino já
chega a um quarto dos funcionários. Nos canteiros, porém, são apenas 25, número que começa a crescer, com a
oferta de treinamento para as novatas.
AVENTURA EM CAIXAS
A Smartbox está em negociação com grandes redes do país para expandir a atuação no varejo. A empresa, que oferece serviços como presentes em caixas, atua em 65 pontos de venda, de supermercados a livrarias, e planeja fechar o ano em 400 pontos. "Cerca de 70% da receita da Smartbox no mundo inteiro vem do varejo. No Brasil, ainda é de 60%", diz João Vianna, diretor-presidente no Brasil. A companhia tem oito opções de caixas, divididas por temas, com mais de 60 alternativas em cada uma. O presenteado com a "Aventura", que custa R$ 65, pode escolher atividades que vão de rapel a corrida de kart. Na caixa "Extrema", o catálogo tem opções radicais, tipo motocross e balonismo, por R$ 379. "O diferencial é entrar em um supermercado ou uma livraria e comprar um salto de paraquedas", diz Vianna.
PEQUENOS
O MPE Brasil, Prêmio de
Competitividade às Micro e
Pequenas Empresas, promovido pelo Movimento
Brasil Competitivo, que tem
Jorge Gerdau como presidente-fundador, revela hoje
as nove melhores empresas
nos seus segmentos. Das
companhias candidatas ao
prêmio, 83% são definidas
como microempresas. Estão
representadas empresas de
diversos setores: indústria,
comércio, agronegócio, turismo, tecnologia, saúde e
educação, entre outros.
SUNTUOSO
O livro "O Universo do
Luxo - Marketing e Estratégia para o Mercado de
Bens e Serviços de Luxo"
(editora Manole), de Silvio
Passarelli, será lançado hoje na Faap, em São Paulo. A
publicação aborda as perspectivas para o mercado
brasileiro de bens e serviços de luxo e faz uma análise do comportamento do
consumidor, além de destacar o crescimento do segmento no Brasil.
DIÁRIA
Ted Teng, presidente
mundial da Leading Hotels
of the World, desembarca
hoje no Brasil, pela primeira
vez. O presidente da associação diz que o Brasil poderia
ter mais hotéis de luxo. Hoje, o país só tem sete hotéis
membros da Leading Hotels, sendo três em São Paulo, dois no Rio de Janeiro,
um em Salvador e outro no
Guarujá. O escritório brasileiro da entidade registrou
aumento de 11% em faturamento no ano passado, segundo Teng.
NO CARTÃO
Cresce o uso de cartões
em segmentos antes pouco
explorados. Os credenciamentos de estabelecimentos
dos setores de distribuição,
educação, saúde e seguros
cresceram, respectivamente, 58%, 52%, 66% e 90% em
2009, ante 2008, segundo a
Redecard. Somados, os segmentos cresceram 45% em
média no número de estabelecimentos credenciados.
AMBIENTAL
Fernando Moreira, presidente da HSBC Seguros,
acaba de ser indicado co-presidente do grupo de seguros para a América Latina
do programa de políticas
ambientais das Nações Unidas. A entidade reúne cerca
de 200 instituições financeiras no mundo, que voluntariamente discutem práticas
socioambientais relacionadas ao setor.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e AGNALDO BRITO
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