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Pesquisador cria versão ornamental sem espinhos
SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA
Em vez da salada de fruta,
um belo arranjo floral. Uma
variedade de abacaxi originária da Amazônia, muito
menor que a fruta original,
está sendo estudada por um
pesquisador do Espírito Santo para ser utilizada como
planta ornamental.
O abacaxizinho cabe na
palma da mão, é avermelhado, não tem espinhos nas folhas e possui um leve aroma
frutado.
Até o final do mês, o pesquisador José Aires Ventura,
do Incaper (Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural), que desenvolve comercialmente a variedade, deve
registrá-la no Ministério da
Agricultura -primeiro passo para iniciar a produção de
mudas e o cultivo comercial.
A expectativa do pesquisador é começar a produção
a partir do próximo ano e
comercializá-la em floriculturas.
A tendência, segundo ele, é
fazer a distribuição de mudas para cooperativas de
agricultores ou associações
de produtores por intermédio da Secretaria da Agricultura do Estado.
De acordo com Ventura, o
abacaxizinho, ainda sem nome comercial, pode ser produzido durante todo o ano,
cresce rápido e dispensa o
uso de agrotóxicos, pois é resistente a doenças.
"O fruto não é comestível,
pois a polpa é muito fibrosa,
mas ele se presta muito bem
para fins ornamentais. É
muito bonito", afirma o pesquisador do Incaper.
Após cortado, o fruto dura
até 40 dias em arranjos.
O abacaxizinho, da variedade erectifolius, começou a
ser estudado dentro de um
projeto de pesquisa iniciado
há nove anos por Ventura,
que busca identificar uma
variedade da fruta que seja
resistente à fusariose, doença que ataca o abacaxi.
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