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CRISE NO AR
Sócia da Gol, empresa teria ações da Varig/TAM
Grupo americano AIG poderá ter 85% da aviação doméstica do país
LÁSZLÓ VARGA
DA REPORTAGEM LOCAL
O grupo americano AIG, dono
de uma das maiores seguradoras
do mundo, poderá ter participação de 85% da aviação doméstica
brasileira. Isso se um plano em estudo para a formação da joint
venture entre a Varig e a TAM der
certo.
Caso esse plano seja concretizado, a AIG acabaria tendo participação na Gol (na qual sua subsidiária AIG Capital Partners já injetou US$ 26 milhões) e na Varig/
TAM. Um executivo ligado às negociações afirmou ontem que a
AIG poderá ser acionista da nova
companhia aérea em estudo.
A entrada do grupo AIG como
acionista da Varig/TAM ocorreria
porque outra de suas subsidiárias,
a ILFC (International Lease Finance Corporation), especializada no aluguel de aviões, é credora
da Varig.
O objetivo de especialistas envolvidos na joint venture Varig/
TAM é transformar os créditos da
ILFC em participação acionária
da nova companhia.
Foi a ILFC que arrestou em janeiro passado um Boeing 777
usado pela Varig, que tinha pousado em Paris, na França, por falta
de pagamento do aluguel.
Das grandes empresas de aviação do Brasil, somente a Vasp não
teria participação nacional do
grupo americano AIG, caso o plano em estudo seja concretizado.
Os formuladores do projeto de
fusão Varig/TAM querem também que o Banco do Brasil transforme seus créditos a receber em
ações. O BNDES (Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico
e Social) injetaria, por sua vez, novos recursos e também se transformaria em acionista. Seu braço
de investimentos BNDESPar é
que entraria no negócio.
Também a Boeing e a General
Electric, credoras da Varig, estavam nos planos iniciais de transformar créditos em ações. Essa
idéia, no entanto, estaria agora
descartada.
O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) afirmou que só comentaria a possibilidade de a AIG ter participação
em quase todas as empresas de
aviação depois que recebesse a
proposta em estudo.
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