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MERCADO FINANCEIRO
Alta das Bolsas americanas estimula mercado paulista, que fecha em discreta elevação de 0,46%
Inflação mais alta quase derruba Bovespa
DA REPORTAGEM LOCAL
A notícia de que o IPC (Índice
de Preços ao Consumidor) medido pela Fipe passou de 0,81% para
0,84% na segunda quadrissemana
de abril fez o pessimismo prevalecer em boa parte do pregão de ontem da Bovespa, que chegou a cair
1,21%. Durante a tarde, a forte alta
das Bolsas norte-americanas fez o
índice se recuperar e fechar em alta de 0,46%.
O principal motivo para o mau
humor do mercado acionário
com as notícias de que a inflação
não está em queda deve-se à perspectiva para a taxa de juros. Como o mecanismo utilizado pelo
governo para conter os preços é a
alta da Selic (taxa básica de juros),
o aumento dos índices inflacionários faz com que a diminuição dos
juros seja menos provável.
Hoje o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central)
termina a sua reunião mensal de
abril e, segundo analistas, é consenso no mercado de que a Selic
deverá permanecer em 26,5% ao
ano. Para eles, a única dúvida é se
o BC irá retirar o atual viés de alta,
que permite um aumento da taxa
sem que seja convocada uma reunião extraordinária.
Para os analistas, o atual patamar dos juros atrapalha duplamente o desempenho das ações
na Bovespa. Primeiro porque os
investidores preferem manter
seus recursos em aplicações de
renda fixa, que acompanham a
Selic, do que se expor aos riscos
do mercado acionário. Segundo
porque os juros em alta podem
atrapalhar o resultado das empresas e, consequentemente, fazer o
preço das ações cair.
As maiores quedas ontem ficaram com as empresas do setor de
energia elétrica. A ação ordinária
da Light caiu 4,3%, a PN da Eletropaulo se desvalorizou em 3,9%
e a ON da Cemig fechou com queda de 3,1%.
A possibilidade de que o governo de São Paulo ajude a Cesp a resolver uma parte do seu problema
de endividamento fez com que o
papel PN da empresa subisse 8%,
a maior alta do dia.
Juros
Na véspera da reunião do Copom os contratos de juros negociados na BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros) não apresentaram tendência definida. Os com
vencimento em maio subiram
0,11%, enquanto os contratos para janeiro de 2004, os mais negociados ontem, caíram 0,72%.
(GEORGIA CARAPETKOV)
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