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Para mercado, Copom foi até otimista
DA REPORTAGEM LOCAL
A divulgação da ata da última
reunião do Copom foi o primeiro
evento relevante para o mercado
financeiro após o retorno do feriado de quarta. A avaliação de
economistas e analistas financeiros foi a de que o Banco Central se
mostrou até otimista com temas
como inflação e cenário externo
na ata.
A impressão que ficou para os
economistas consultados é que a
ata mostra que o Copom (Comitê
de Política Monetária, formado
por diretores e pelo presidente do
BC) seguirá cauteloso, reduzindo
os juros suave e gradualmente.
"A ata não trouxe nada de novo
ou surpreendente. O que ficou
claro é que o BC vai seguir realizando pequenos cortes nos juros", diz Rodrigo Boulos, economista do banco Santos. Nas suas
últimas duas reuniões, o Copom
reduziu os juros básicos (hoje em
16%) em 0,25 ponto percentual. A
decisão recebeu críticas de diversos setores da sociedade, que pedem cortes mais fortes nos juros.
Em relatório, a consultoria Global Invest diz que o BC deveria
"aproveitar o momento ainda favorável no cenário macroeconômico para realizar reduções mais
acentuadas na taxa de juros, pois
certamente ficará mais difícil promover qualquer redução a partir
do segundo semestre".
Na BM&F, a taxa do contrato
DI (juro interbancário) de prazo
mais curto fechou a 15,74%, o que
mostra expectativa de que os juros irão ter redução de 0,25 ponto
percentual no mês que vem.
Manutenção
Para a consultoria GlobalStation, se a inflação no atacado não
mostrar uma razoável desaceleração, o Copom não deve reduzir os
juros em maio. "A manutenção
dos juros se mostra cada vez mais
provável, e acreditamos que a Selic não fique abaixo dos 15% em
2004", diz a consultoria.
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