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MERCADO FINANCEIRO
Risco-país recua para 616 pontos, mas acumula elevação de 13% em duas semanas; dólar fica estável
Em dia de oscilação forte, Bolsa sobe 0,3%
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bovespa não acompanhou de
perto a recuperação das Bolsas
norte-americanas. Os investidores não viram sinais na ata do Copom, divulgada ontem, de que a
atual política econômica poderia
mudar. Com isso, a Bolsa subiu
apenas 0,3%, depois de muita oscilação durante o dia. O dólar fechou estável, a R$ 2,928.
O que o mercado entendeu ao
ler a ata é que as reduções nos juros continuarão a serem feitas,
mas de forma bastante gradual.
As apostas predominantes são as
de que os juros cairão, como nas
duas últimas reuniões do Copom,
apenas 0,25 ponto percentual.
Uma redução de juros nessa
magnitude não tem forças para
dar ânimo ao mercado de renda
variável, avaliam analistas.
O risco-país devolveu parte da
alta de quarta-feira. Ontem, fechou em baixa de 3,45%, aos 616
pontos. O risco-país médio dos
latino-americanos recuou 1,6%.
Apenas nas duas últimas semanas, o risco-país brasileiro acumulou elevação de 13%. O risco
dos emergentes sofreu forte pressão nos últimos dias devido à
crescente expectativa de que os
juros subirão nos EUA antes do
esperado pelos analistas.
No mercado de juros futuros,
apenas os contratos mais longos
sofreram pressão ontem. O DI
(contrato que segue a oscilação
dos juros interbancários) que
vence daqui a um ano fechou ontem com taxa de 15,75%, ante
15,67% de terça-feira.
Ações
Na Bolsa de Valores de São Paulo, as ações de companhias siderúrgicas voltaram a perder com a
perspectiva de um cenário internacional mais adverso, aliado à
eventual desaceleração do forte
ritmo da economia chinesa, grande importadora de aço.
O papel PNA da Vale do Rio
Doce foi o que mais caiu entre as
ações mais negociadas, ao fechar
com perdas de 4,2%. Em seguida
vieram Gerdau PN, com baixa de
3,9%, e Usiminas PNA, com recuo de 3,4%.
Entre os destaques de alta, ficou
a ação com direito a voto da Embratel, que subiu 5,2%, movida
pela informação de que a Telmex
elevou sua proposta pela empresa
para US$ 400 milhões.
As ações preferenciais da Ipiranga Petroquímica dispararam
12,1% e lideraram os ganhos da
Bolsa. Boatos sobre a venda da
empresa para a Petrobras motivaram a compra dos papéis.
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