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Bird defende política econômica de Lula e aponta cobrança prematura
DE WASHINGTON
O presidente do Banco Mundial, James Wolfensohn, defendeu ontem a política econômica
brasileira e afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está realizando a "mais importante
tentativa no mundo de levar a
eqüidade social a um país".
Wolfensohn fez a afirmação ao
ser questionado se o presidente
Lula, após um ano e três meses de
governo, não estaria traindo seus
compromissos de campanha.
"Às vezes parece até que estou
na folha de pagamento de Lula.
Não estou. Lula está tentando
unir todos os segmentos do país,
os pobres e o mais ricos, em um
novo objetivo: eqüidade social e
colocar comida na mesa, o que é
quase um revolução", disse Wolfensohn em Washington.
"Isso não se faz em um ano e
três meses. Temos que olhar para
a consistência do que Lula e sua
equipe econômica estão fazendo.
Eles estão dando os passos corretos", disse.
Crescimento
Anteontem, o FMI (Fundo Monetário Internacional) divulgou
que o Brasil deve crescer apenas
3,5% neste ano e repetir o mesmo
desempenho em 2005.
Segundo o relatório "Perspectivas para a Economia Mundial
2004", o resultado ficará abaixo
da média mundial, de 4,6% neste
ano e de 4,4% em 2005, e da dos
países do Mercosul, de 4% e 3,7%,
respectivamente. A África também terá um crescimento maior
que o Brasil (4,2% e 5,4%), segundo o estudo.
Wolfensohn afirmou que esteve
reunido recentemente com o ministro Antonio Palocci (Fazenda)
e que disse ao brasileiro que as
"pressões sociais" contra o governo do PT continuarão crescentes.
"Mas acredito que o que eles [o
governo brasileiro] estão fazendo
é responsável e acabará tendo resultados", afirmou.
Para Wolfensohn, a classe empresarial latino-americana "entende que há uma mudança de
tom na região, particularmente
no Brasil".
(FCz)
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