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Geladeira sairá a R$ 500 em programa de troca
Governo acerta criação de linha popular em até 3 meses para substituir modelos antigos e mais poluentes
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O programa de troca de geladeiras do governo prevê que o
produto tenha preço máximo
de R$ 500 e um acerto com as
fabricantes de criar uma linha
especial com preço mais baixo.
O ministro Edson Lobão
(Minas e Energia) disse ontem
que o programa será lançado
em até três meses. Segundo ele,
nos próximos dias o governo
decide se irá lançá-lo depois do
fim da redução do IPI da linha
branca, que irá durar até julho,
ou se em até duas semanas.
O objetivo do programa, diz
Lobão, é trocar 10 milhões de
geladeiras que são poluentes ou
consomem muita energia elétrica por modelos mais econômicos e limpos. Para tanto,
combinará redução de impostos e de custo da produção, em
acordo com fabricantes.
"Estamos estudando a redução do IPI e outras medidas para reduzir o mais possível o valor da geladeira, para torná-la
absolutamente acessível", disse. "Isso não está quantificado,
mas ficará bem mais barato [do
que hoje]. Talvez um pouquinho menos [de R$ 500], mas
em torno disso", afirmou.
O ministro disse que o consumidor que quiser trocar a geladeira terá de comprar o novo
modelo em lojas que, por sua
vez, recolherão o produto antigo. A logística, disse Lobão, ainda está sendo estudada, mas as
revendedoras deverão levar as
geladeiras provenientes das
trocas a uma empresa especializada em retirar o gás CFC que,
por sua vez, revenderá a carcaça a uma usina de reciclagem.
Uma das indústrias dispostas
a comprar a sucata é a Gerdau,
segundo Lobão. O governo estima que gastará R$ 100 milhões
por ano para pagar o transporte
da geladeira velha.
Crédito
A Caixa Econômica Federal
decidiu ampliar de um para até
três meses o prazo para pagamento da primeira parcela de
quem financiar a compra de
eletrodomésticos em lojas conveniadas. Segundo o banco, a
ideia é ampliar o benefício proporcionado aos consumidores
pela isenção de IPI dada temporariamente pelo governo para produtos da linha branca, como fogões e geladeiras.
A Caixa tem parceria com as
redes Baú Crediário (SP), América Móveis (SC) e Tradição
Móveis (PE). O valor máximo
do financiamento é de R$ 10
mil, e os lojistas fixam os juros.
A linha também pode ser usada
para material de construção,
móveis e eletrônicos.
(SIMONE IGLESIAS E NEY HAYASHI DA CRUZ)
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