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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Telefônica negocia compra da TV Alphaville
A Telefônica está negociando
a compra da empresa de televisão a cabo TV Alphaville.
Outros modelos de negócios
têm sido avaliados pela operadora. Segundo fontes próximas
à negociação, a empresa é irrelevante para a Telefônica, mas
haveria sinergia com a TVA, na
qual a Telefônica possui 49%
de participação na operação de
cabo fora de São Paulo e 19,9%
dentro do Estado. No modelo
MMDS (sistema sem fio) o controle é de 100%.
A aquisição teria sido motivo
de disputa entre Net e Telefônica. Até o momento, nenhuma
delas teria chegado ao preço
pedido pela TV Alphaville.
Especialistas no setor afirmam que o maior interesse seria estratégico: frear o avanço
da concorrente.
A TV Alphaville opera por
meio de uma rede de mais de
500 km de fibras ópticas e cabos e cobre mais de 20 mil residências na região. O mercado
estima que a empresa tenha
cerca de 11 mil assinantes, de
um público de classes A e B.
Localizada em Tamboré,
bairro vizinho de Alphaville, a
TVA tem interesse em televisão por assinatura, mas a TV
Alphaville também oferece serviços de segurança de condomínios de alto poder aquisitivo
e possui pequena operação de
banda larga via rádio e cabo.
A legislação brasileira impede que uma companhia estrangeira compre empresa de TV a
cabo no país. Mas, na prática,
contratos de gaveta têm possibilitado o controle por empresas com sede no exterior.
TERRA À VISTA
A Brookfield Incorporações se prepara para ampliar
sua atuação nos mercados de São Paulo e do Sul do país.
Para isso, criou uma nova unidade de negócios com foco
nas regiões e comprou terrenos. No interior paulista, a
incorporadora está com R$ 641,7 milhões em banco de
terrenos, dos quais R$ 188,9 milhões foram lançados, e
deve expandir sua atuação em Campinas, Sorocaba, Jundiaí, Jacareí e Santos. "Pretendemos comprar mais", diz
Nicholas Vincent Reade, presidente da empresa. Enquanto o mercado investe no Nordeste, a Brookfield foca
nos Estados do Sul. "Estamos na contramão. A maior
parte do setor está concentrando esforços no segmento
econômico." Reade afirma que isso é reflexo da segmentação planejada pela empresa, que decidiu destinar 50%
do negócio ao mercado de média renda, cujas compras
variam de R$ 130 mil a R$ 500 mil.
Influência brasileira é
bem avaliada
Entre os Brics, o Brasil é o
país cuja influência internacional é mais percebida como positiva, segundo pesquisa mundial realizada pela
Market Analysis em parceria
com a Globe Scan/BBC.
De 29 mil entrevistados,
41% acham que o país tem
uma boa atuação global.
A China possui a mesma
porcentagem de aprovação;
no entanto, a parcela dos que
acham que a nação asiática
influi mais negativamente é
de 38%, contra apenas 23%
do Brasil. A Índia aparece
com avaliação positiva de
36% contra 31% negativos, e
a Rússia, com 30% e 37%,
respectivamente.
"Tal juízo tem a ver com a
noção de previsibilidade. O
Brasil está passando uma ótima imagem por ter saído da
crise sem maiores abalos",
explica Fabián Echegaray,
diretor da Market Analysis.
"A questão principal é que
existe uma confiança de que
o país respeita as regras do
jogo, de que tem uma estabilidade política. Não é perfeito, mas está se saindo melhor
do que os demais."
A maior popularidade do
Brasil é observada entre os
seus vizinhos: o país é bem-visto por 77% dos chilenos e
52% dos mexicanos. Turcos
e egípcios são os que fazem
uma avaliação mais negativa.
Já dos próprios brasileiros,
84% possuem uma percepção positiva da influência do
país. "Isso evidencia a elevada autoestima da população", afirma Echegaray.
FUSÃO NO AR
A United Airlines e a Continental Airlines estão negociando a fusão de suas operações, de acordo com informações passadas por pessoas ligadas ao negócio à Bloomberg. A fusão, que envolveria troca de ações, criaria a
maior companhia aérea do mundo em tráfego de passageiros, superando a Delta Air Lines. As empresas não quiseram comentar o assunto. Com base nos preços de fechamento de ontem das ações, o valor de mercado da nova empresa seria de US$ 6,6 bilhões. De acordo com a
Bloomberg, o presidente-executivo da United, Glenn Tilton, se tornaria o presidente do conselho da nova companhia, enquanto o seu colega da Continental, Jeff Smisek,
passaria a ser o presidente-executivo.
PRIMEIRO
O Banco do Brasil ainda
comemora o status recém-adquirido de instituição financeira reconhecida pelo
Fed (o banco central dos Estados Unidos), chamado de
"Financial Holding Company". O título iguala o BB
aos bancos norte-americanos. Com a autorização, o
banco pode atuar como banco de varejo no mercado local. O alto escalão do BB festeja o fato de o banco ter sido
o primeiro no mundo a obter a distinção desde a crise.
PREFEITURAS 1
A inclusão de recursos para
pavimentação, saneamento,
prevenção em áreas de risco e
mobilidade urbana no PAC 2
(Programa de Aceleração do
Crescimento) será tema da
57ª reunião da Frente Nacional de Prefeitos, em Florianópolis (SC). Bandeira defendida pela entidade, a integração
dessa demanda no projeto do
governo federal foi comemorada pelos prefeitos.
PREFEITURAS 2
A subchefe de Articulação e
Monitoramento da Casa Civil, Miriam Belchior, e a secretária nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Inês Magalhães, debatem
o tema na próxima segunda-feira. A pauta do encontro
traz ainda a distribuição dos
royalties do petróleo. Mais de
500 gestores, secretários e dirigentes municipais devem
participar dos debates.
NA ESCOLA
O projeto da usina hidrelétrica de Santo Antônio (RO) será
tema de aula em Harvard. A
usina, que irá gerar energia a
partir de 2012, será apresentada como exemplo de aproveitamento hidrelétrico na Amazônia. Luiz Gabriel Todt de Azevedo, diretor de sustentabilidade da Odebrecht Energia, que
conduzirá a aula, foi convidado
por John Briscoe, diretor do
Programa de Recursos Hídricos e Meio Ambiente em Harvard.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e DENYSE GODOY
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