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Veto a novas ligações
para indústria pode cair
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo deverá definir, em
até um mês, se suspende a medida
que impede as distribuidoras de
energia elétrica de fazerem novas
ligações de luz para a indústria e o
comércio.
A proibição consta da primeira
resolução do "ministério do apagão", mas foi mal recebida pela
indústria e pelo Congresso.
O governo define até sexta-feira
quais são os critérios para a redução de consumo da indústria e do
comércio que consome muita
energia -ligados à rede de alta
tensão.
A redução ficará entre 15% e
25% do consumo verificado entre
maio e julho do ano passado.
O secretário de Energia do Estado de São Paulo e integrante do
"ministério do apagão", Mauro
Arce, afirmou que o governo poderá flexibilizar as regras para as
companhias cumprirem essas
metas.
Uma alternativa seria a criação
de consórcios em que haveria a
definição da meta por cadeia produtiva. Assim, uma empresa poderia reduzir mais e outra, menos.
"É o caso do setor automobilístico: não adianta ter energia para
fazer uma peça e não ter como fazer o resto", declarou Arce.
"Estão pintando o Diabo mais
feio do que ele é", afirmou o vice-presidente da GM no Brasil, José
Pinheiro Neto.
Segundo ele, é possível reduzir o
consumo de energia em até 15%
sem reduzir a produção. Ele também disse que a GM estuda alugar
geradores importados para manter as fábricas funcionando.
Baixa tensão
Para as indústrias ligadas à rede
de baixa tensão, a redução no
consumo será de 20% em relação
à média apurada entre maio e julho do ano passado.
Elas terão energia cortada e serão punidas com tarifaço para o
que for consumido além da cota.
O preço cobrado será o do MAE
(Mercado Atacadista de Energia
Elétrica), que pode custar entre
três e quatro vezes mais.
A suspensão da energia elétrica
será de um dia para cada 3% do
que ultrapassar a cota.
As metas serão informadas em 4
de junho aos consumidores. A data anterior era até 28 deste mês.
Em junho, as empresas receberão advertência, caso não tenham
atingido a meta no mês.
Somente no mês seguinte, o
descumprimento da cota estará
sujeito a corte.
A suspensão do fornecimento
será efetuada após 48 horas, contadas do recebimento da conta de
luz posterior a 30 de junho.
Os cortes, assim como para os
consumidores residenciais, serão
realizados em ordem decrescente
do descumprimento da meta.
Os que extrapolarem mais as
cotas serão priorizados na suspensão do fornecimento.
Para os consumidores de alta
tensão, haverá regras diferentes
para os procedimentos de informação de metas de acordo com o
consumo -superior ou inferior a
2,5 MW.
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