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TRÁFEGO AÉREO
Concluída no dia 15, medida visa liberar pistas
DAC reduz vôos em Congonhas, no Santos Dumont e na Pampulha
DA REPORTAGEM LOCAL
O DAC (Departamento de
Aviação Civil) não vai mais autorizar, a princípio, nenhum novo
vôo nos aeroportos de Congonhas (São Paulo), Santos Dumont
(Rio) e Pampulha (Belo Horizonte). A Folha apurou ontem que o
DAC, outros órgãos da aviação e
as empresas aéreas encerraram
no dia 15 o processo de "enxugamento" de vôos nesses aeroportos, que estavam muito congestionados.
O DAC negou que houvesse
problema de segurança naqueles
aeroportos. Segundo um executivo do setor, no entanto, se não tivesse ocorrido a redução de vôos,
a situação chegaria a um ponto de
alto risco. Os vôos foram reduzidos de 19% a 36%.
Em Congonhas, por exemplo, o
número de pousos e decolagens
diários baixou de 641 para 517
(19,3%). No Santos Dumont, de
324 para 207 (36,1%). Na Pampulha, de 205 para 154 (24,9%).
Os estudos para reduzir os vôos
tiveram início no final do governo
Fernando Henrique Cardoso. No
início de 2003, já com Luiz Inácio
Lula da Silva na Presidência, o
DAC, a Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) e o Decea (Departamento
de Controle do Espaço Aéreo) iniciaram os entendimentos com as
empresas.
No início, houve resistência de
representantes das companhias
aéreas, mas o acordo de compartilhamento de vôos entre Varig e
TAM facilitou o processo. A Varig
baixou de 25 para 21 os vôos diários saindo de Congonhas para o
Santos Dumont. A TAM, de 32
para 25. A Vasp e a Gol afirmaram
que não fizeram cortes.
Segundo o DAC, os cortes visaram homogeneizar o atendimento aos passageiros, evitando desconfortos nos horários de pico. A
operação também teria diminuído o tempo de espera dos aviões
nas pistas.
(LV)
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