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São Paulo, sexta-feira, 23 de maio de 2003

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TRÁFEGO AÉREO

Concluída no dia 15, medida visa liberar pistas

DAC reduz vôos em Congonhas, no Santos Dumont e na Pampulha

DA REPORTAGEM LOCAL

O DAC (Departamento de Aviação Civil) não vai mais autorizar, a princípio, nenhum novo vôo nos aeroportos de Congonhas (São Paulo), Santos Dumont (Rio) e Pampulha (Belo Horizonte). A Folha apurou ontem que o DAC, outros órgãos da aviação e as empresas aéreas encerraram no dia 15 o processo de "enxugamento" de vôos nesses aeroportos, que estavam muito congestionados.
O DAC negou que houvesse problema de segurança naqueles aeroportos. Segundo um executivo do setor, no entanto, se não tivesse ocorrido a redução de vôos, a situação chegaria a um ponto de alto risco. Os vôos foram reduzidos de 19% a 36%.
Em Congonhas, por exemplo, o número de pousos e decolagens diários baixou de 641 para 517 (19,3%). No Santos Dumont, de 324 para 207 (36,1%). Na Pampulha, de 205 para 154 (24,9%).
Os estudos para reduzir os vôos tiveram início no final do governo Fernando Henrique Cardoso. No início de 2003, já com Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência, o DAC, a Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) e o Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) iniciaram os entendimentos com as empresas.
No início, houve resistência de representantes das companhias aéreas, mas o acordo de compartilhamento de vôos entre Varig e TAM facilitou o processo. A Varig baixou de 25 para 21 os vôos diários saindo de Congonhas para o Santos Dumont. A TAM, de 32 para 25. A Vasp e a Gol afirmaram que não fizeram cortes.
Segundo o DAC, os cortes visaram homogeneizar o atendimento aos passageiros, evitando desconfortos nos horários de pico. A operação também teria diminuído o tempo de espera dos aviões nas pistas. (LV)


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