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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Analistas estrangeiros vêem risco de BB pagar caro pela Nossa Caixa
Os analistas de bancos estrangeiros avaliam que a incorporação da Nossa Caixa pelo
Banco do Brasil será um passo
estratégico importante para o
banco federal, mas apontam alguns riscos. O maior deles é o
de o BB pagar caro demais.
Os bancos estrangeiros trabalharam normalmente ontem, e, por isso, foram feitos os
relatórios comentando a notícia da incorporação da Nossa
Caixa pelo BB.
O banco de investimento
Morgan Stanley, por exemplo,
espera que a conclusão da operação demore no mínimo seis
meses porque o processo de
"due dilligence" -durante o
qual será feita uma avaliação
pormenorizada da Nossa Caixa- deverá ser longo.
Mas a instituição vê muitas
vantagens para o BB na aquisição, como o crescimento da sua
rede de agências e as sinergias
operacionais, que resultarão
em redução de custos.
O Morgan Stanley, no entanto, vê o risco de o BB pagar caro
demais pela Nossa Caixa, em
parte devido à sua inexperiência em fusões e aquisições.
"As ações da Nossa Caixa são
negociadas no mercado, atualmente, a um preço próximo do
seu valor patrimonial e não
gostaríamos de ver o BB desembolsar mais do que 15% a
20% de prêmio sobre o valor
patrimonial."
Por isso, o Morgan Stanley
prevê que o mercado reagirá
negativamente à notícia, movimento que só será revertido
quando as condições concretas
do negócio forem conhecidas.
Já o Deutsche Bank afirma
que a incorporação é positiva
para o Banco do Brasil, mas negativa para o Bradesco, o Itaú e
o Unibanco, já que a competição bancária deve aumentar,
principalmente em São Paulo.
O banco alemão afirma que o
fracasso recente da privatização da Cesp pode ter acelerado
o processo de negociação.
"Os fatores políticos devem
impedir que a transação seja
concluída a médio prazo. Como
o Banco do Brasil tem 65% de
participação do governo federal, do PT, e a Nossa Caixa tem
71% do governo estadual, do
PSDB, nós acreditamos que o
fracasso recente da privatização da Cesp pode acelerar a negociação", diz o banco alemão.
O Deutsche Bank afirma
também que a Nossa Caixa é
um alvo atraente para uma instituição pública federal, mas
não necessariamente para os
bancos privados, já que a quantidade de depósitos judiciais-
cerca de R$ 16 bilhões- no
banco paulista é muito grande.
Para o UBS Pactual, a incorporação da Nossa Caixa é um
passo importante para a estratégia de crescimento do BB por
meio de aquisições. O UBS prevê, porém, que o anúncio do BB
poderá motivar uma reação dos
bancos privados, interessados
na realização de um leilão.
A instituição diz que, como a
Nossa Caixa está atrás de outros bancos em termos de eficiência, a integração com o
banco federal será desafiadora.
O Citigroup lamentou que o
anúncio tenha sido feito no início da noite, em uma véspera de
feriado, e que o mercado tenha
que esperar até a próxima semana para ter mais informações sobre o negócio.
PLANO DE AÇÃO
O presidente do Banco
do Brasil, Antônio Francisco de Lima Neto, irá se
reunir hoje, em São Paulo,
com os administradores
do banco da região para
explicar a estratégia da
instituição ao iniciar as
negociações para incorporar a Nossa Caixa. Lima
Neto vai dizer que o banco pretende reforçar suas
operações em São Paulo,
com a incorporação da
Nossa Caixa, para atingir
a liderança no Estado.
Hoje, o Santander/ABN
Amro, o Bradesco e o Itaú
estão à frente do Banco
do Brasil em São Paulo.
Outra ênfase será no mercado imobiliário. Para Lima Neto, o BB ficou muito tempo sem poder crescer por não ter participado dos processos de privatização dos bancos.
ENTRADA LIVRE
O banco Carrefour Soluções Financeiras fez parceria com o Masp para oferecer 5.000 ingressos,
2.000 deles para funcionários do grupo e 3.000 para
clientes. O investimento foi de R$ 200 mil. A empresa também vai oferecer visitas monitoradas e cursos de história da arte aos seus funcionários. Renata
Moura, diretora de assuntos corporativos do grupo,
diz que a meta é estimular os trabalhadores a desenvolverem capacidades como a criatividade.
FUNDO
Na segunda, a Caixa Econômica Federal lança o fundo de investimento Caixa FI
Multimercado Capital Protegido. A opção é dirigida para investidores qualificados
que buscam oportunidade
de ganho em ações, mas sem
correr risco excessivo. O
cliente pode aderir até 17 de
junho. O valor mínimo para
aplicar é de R$ 10 mil e resgate após 14 meses.
DIÁRIO
Cerca de 72% dos internautas já obtiveram, por
meio de blogs, informações
que ajudaram a formar a sua
opinião sobre uma marca,
produto ou serviço, segundo
pesquisa do instituto Qualibest. O estudo também mostra que 12% das pessoas ouvidas acreditam totalmente
e 86% acreditam parcialmente nas informações que
lêem em um diário virtual.
DE CINEMA
A primeira campanha da
DM9DDB para a C&A estréia na quarta. Os comerciais para o Dia dos Namorados terão Daniella Sarahyba.
A direção de fotografia foi
feita por Andrzej Sekula (de
"Pulp Fiction" e "Cães de
Aluguel"), a direção é de
Heitor Dhalia ("O Cheiro do
Ralo"), e a produção executiva, de Fernando Meirelles. A
produção é da O2 filmes.
MOTOR
O Golf Fireblade, carro estilizado pela B52, será exposto no shopping Ibirapuera, em São Paulo, até domingo. A execução do projeto de
modificação do veículo levou mais de dois anos. O carro está avaliado em R$ 170
mil e as rodas, que possuem
cristais Swarovski colocados
à mão, valem R$ 25 mil.
Emerson Fittipaldi é o novo
patrocinador do carro.
com JOANA CUNHA, VERENA FORNETTI e DENYSE GODOY
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