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São Paulo, segunda-feira, 23 de junho de 2003

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Diretor do FMI vai à Argentina cobrar reformas

ELAINE COTTA
DE BUENOS AIRES

O diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Horst Köhler, chega hoje à Argentina para pedir ao presidente Néstor Kirchner pressa na implantação de reformas consideradas essenciais, como a financeira e a tributária. Essas são tidas como premissas para a assinatura de um novo acordo com o país.
Köhler não discutirá detalhes -isso fica por conta de técnicos-, mas defenderá que a liberação de dinheiro novo só será possível se o governo apresentar um programa econômico de longo prazo e se comprometer com metas econômicas também de prazo maior. Neste ano, uma delas é ter um superávit primário de 2,5%.
A Argentina, por sua vez, quer mais tempo para atender às exigências do Fundo. A intenção do ministro da Economia, Roberto Lavagna, é ampliar para dezembro a validade do acordo provisório assinado em janeiro deste ano e que vence em agosto. Uma negociação de longo prazo, para o ministro, só seria viável no primeiro trimestre de 2004.
O governo argentino também vai pedir sinais concretos de que poderá contar com o apoio do FMI até a conclusão da reestruturação de sua dívida em moratória. A renegociação com credores privados começa em setembro. No final de semana, Köhler, que fez uma escala no Uruguai, recomendou aos argentinos seguir o modelo de governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
"A combinação de uma economia de mercado mais a atenção à equidade social é o formato correto para um futuro melhor. Isso está demonstrado no Brasil, através do presidente Lula. Esta poderia ser uma fórmula para a Argentina", disse.

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