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Diretor do FMI vai à Argentina cobrar reformas
ELAINE COTTA
DE BUENOS AIRES
O diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional),
Horst Köhler, chega hoje à Argentina para pedir ao presidente Néstor Kirchner pressa na implantação de reformas consideradas essenciais, como a financeira e a tributária. Essas são tidas como premissas para a assinatura de um
novo acordo com o país.
Köhler não discutirá detalhes
-isso fica por conta de técnicos-, mas defenderá que a liberação de dinheiro novo só será
possível se o governo apresentar
um programa econômico de longo prazo e se comprometer com
metas econômicas também de
prazo maior. Neste ano, uma delas é ter um superávit primário de
2,5%.
A Argentina, por sua vez, quer
mais tempo para atender às exigências do Fundo. A intenção do
ministro da Economia, Roberto
Lavagna, é ampliar para dezembro a validade do acordo provisório assinado em janeiro deste ano
e que vence em agosto. Uma negociação de longo prazo, para o
ministro, só seria viável no primeiro trimestre de 2004.
O governo argentino também
vai pedir sinais concretos de que
poderá contar com o apoio do
FMI até a conclusão da reestruturação de sua dívida em moratória.
A renegociação com credores privados começa em setembro. No
final de semana, Köhler, que fez
uma escala no Uruguai, recomendou aos argentinos seguir o modelo de governo de Luiz Inácio
Lula da Silva.
"A combinação de uma economia de mercado mais a atenção à
equidade social é o formato correto para um futuro melhor. Isso está demonstrado no Brasil, através
do presidente Lula. Esta poderia
ser uma fórmula para a Argentina", disse.
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