São Paulo, quarta-feira, 23 de junho de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

DESPERTAR DO DRAGÃO

Taxa vai a 1,18% na 2ª parcial de junho; alimento pressiona

Prévia do IGP-M é a maior em 16 meses

DA SUCURSAL DO RIO

O IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) ficou em 1,18% na segunda prévia de junho -a maior taxa registrada desde fevereiro de 2003 (1,73%). O índice é 0,16 ponto percentual maior do que o apurado no mesmo período de maio, quando havia sido de 1,02%, informou ontem a FGV (Fundação Getúlio Vargas).
De acordo com a FGV, o principal motivo da alta da inflação foi o aumento nos preços dos alimentos tanto no varejo como no atacado em decorrência de problemas climáticos -chuvas e frio.
Sob o impacto de altas como de legumes e frutas, o IPA (Índice de Preços por Atacado) ficou em 1,48%, também a maior taxa desde fevereiro de 2003 (1,91%). Na segunda prévia de maio, o índice havia sido de 1,28%.
Somente a alimentação, cuja alta foi de 1,69% na segunda prévia de junho, teve uma contribuição de 0,26 ponto percentual no IPA. Já os produtos industriais, influenciados por siderúrgicos e máquinas e equipamentos, desaceleraram -de 1,45% para 1,37% na segunda prévia de junho.
O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) ficou em 0,62%, maior do que o 0,46% registrado na segunda parcial de junho. Os alimentos subiram de 0,46% para 1,07%. Tiveram altas de destaque laticínios (2,61%) e hortaliças e legumes (6,9%).
De acordo com Salomão Quadros, coordenador de análises econômicas da FGV, embora mais alta, a inflação não está fora de controle. É que os aumentos estão concentrados num pequeno grupo de produtos, e os motivos das altas são passageiros. Citou o clima desfavorável e o início do período de entressafra, que já se nota no leite.
"Embora a inflação esteja num novo patamar, o que será considerado pelo BC, que deve manter a taxa básica de juro, ela não é generalizada. Ao contrário, está concentrada em poucos produtos que tiveram aumentos fortes", disse Salomão Quadros, da FGV.
Além dos alimentos, Quadros citou as pressões dos combustíveis no atacado (que subiram 3,17%) e os artigos de vestuário no varejo (1,39%).
Para o índice cheio de junho, Quadros prevê uma alta de 1,5%.


Texto Anterior: Opinião econômica: Quanto custa o crime no Rio?
Próximo Texto: Panorâmica - Habitação: Trabalhador rural poderá usar FGTS
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.