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DESPERTAR DO DRAGÃO
Taxa vai a 1,18% na 2ª parcial de junho; alimento pressiona
Prévia do IGP-M é a maior em 16 meses
DA SUCURSAL DO RIO
O IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) ficou em 1,18% na
segunda prévia de junho -a
maior taxa registrada desde fevereiro de 2003 (1,73%). O índice é
0,16 ponto percentual maior do
que o apurado no mesmo período
de maio, quando havia sido de
1,02%, informou ontem a FGV
(Fundação Getúlio Vargas).
De acordo com a FGV, o principal motivo da alta da inflação foi o
aumento nos preços dos alimentos tanto no varejo como no atacado em decorrência de problemas climáticos -chuvas e frio.
Sob o impacto de altas como de
legumes e frutas, o IPA (Índice de
Preços por Atacado) ficou em
1,48%, também a maior taxa desde fevereiro de 2003 (1,91%). Na
segunda prévia de maio, o índice
havia sido de 1,28%.
Somente a alimentação, cuja alta foi de 1,69% na segunda prévia
de junho, teve uma contribuição
de 0,26 ponto percentual no IPA.
Já os produtos industriais, influenciados por siderúrgicos e
máquinas e equipamentos, desaceleraram -de 1,45% para 1,37%
na segunda prévia de junho.
O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) ficou em 0,62%, maior
do que o 0,46% registrado na segunda parcial de junho. Os alimentos subiram de 0,46% para
1,07%. Tiveram altas de destaque
laticínios (2,61%) e hortaliças e legumes (6,9%).
De acordo com Salomão Quadros, coordenador de análises
econômicas da FGV, embora
mais alta, a inflação não está fora
de controle. É que os aumentos
estão concentrados num pequeno
grupo de produtos, e os motivos
das altas são passageiros. Citou o
clima desfavorável e o início do
período de entressafra, que já se
nota no leite.
"Embora a inflação esteja num
novo patamar, o que será considerado pelo BC, que deve manter
a taxa básica de juro, ela não é generalizada. Ao contrário, está
concentrada em poucos produtos
que tiveram aumentos fortes",
disse Salomão Quadros, da FGV.
Além dos alimentos, Quadros
citou as pressões dos combustíveis no atacado (que subiram
3,17%) e os artigos de vestuário no
varejo (1,39%).
Para o índice cheio de junho,
Quadros prevê uma alta de 1,5%.
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